“Quem é Leandrão?”. O grito, presente no protesto da torcida, há uma semana, externou a indignação dos vascaínos com a falta de planejamento da diretoria, que coleciona mais atacantes contratados do que gols no Brasileiro. Apresentado naquele momento, o centroavante levou dois jogos para responder a pergunta. Mas o fez da melhor maneira possível: com o gol que deu uma vitória ao Vasco depois de 52 jogos de jejum, e reacendeu a esperança na fuga do rebaixamento.
— Precisava responder, né? A responsabilidade é muito grande de vestir a camisa do Vasco. Fico muito feliz de marcar o gol e de a gente vencer — disse o atacante, que marcou o seu 16º gol na temporada.
Em comum, Leandrão e o Vasco têm a necessidade de se afirmar. Enquanto o clube sofre com mais um ano de resultados ruins e briga para mostrar que não se apequenou; o centroavante tem, aos 32 anos, uma nova oportunidade para provar que pode dar certo em um time grande (embora tenha boas passagens por times das Séries B e C, não obteve êxito no Internacional e no Botafogo).
— Foi importante esse gol. No primeiro jogo, quase marquei. (Contra a Ponte) Estava bem confiante e esperando uma oportunidade para marcar. A gente sabe da dificuldade da Série A. São duas ou três oportunidades no máximo. Tem que ficar esperto e preparado para fazer os gols — analisou Leandrão.
Dois jogos são pouco para fazer uma avaliação do desempenho do atacante. Mas seus números até agora são positivos. Somadas as partidas contra Atlético-MG, no sábado, e Ponte Preta, o Vasco deu sete chutes na direção do gol. Desses, quatro (57%) foram de Leandrão.
Como o momento não é para oba-oba, o atacante não se ilude e pede pés no chão. Com a necessidade de vencer mais 10 dos próximos 14 jogos para, provavelmente, escapar da queda para a Série B, o Vasco dá um drible na euforia. A palavra de ordem é esperança.
— Temos que vencer domingo. É pensar jogo a jogo. Não pode pensar em nove vitórias. A gente não sabe o que vai acontecer lá na frente. Temos que vencer o próximo jogo (contra o Atlético-PR, domingo). Somente isso — discursou Leandrão, o herói por um dia no Vasco.
Fonte: Extra Online