Evangélico, Jorginho é um homem de fé e ainda crê no milagre da permanência do Vasco na Série A do Campeonato Brasileiro. Otimismo é outra das virtudes do técnico, que, apesar da crise, mostra força e tenta encontrar algo positivo para seguir o trabalho em São Januário. Como a volta de Diguinho ao time após quase três meses parado. Apesar da derrota (2 a 1) para o Atlético-MG, sábado, no Maracanã, Jorginho elogiou a garra do meia e o apontou como exemplo de que ainda é possível a recuperação.
Diguinho estava no Fluminense em 2009, quando matemáticos decretavam o rebaixamento no Brasileirão. Com 99% de chances, o Tricolor se recuperou e fugiu da degola ao empatar por 1 a 1 com o Coritiba, fora de casa, na última rodada. A agressão de um torcedor ao zagueiro Rodrigo, sexta-feira, na chegada do Vasco ao hotel em que se concentra não abalou Diguinho, alvo na crise tricolor e que, na época, levou um soco de um membro de uma organizada.
“O que fizeram com o Rodrigo foi lamentável, pois ainda podemos sair dessa situação. Cabe a nós lutarmos até o fim e acreditar. É possível. Não vai ser com briga e violência. Se isso, de fato, adiantasse ninguém seria rebaixado. Vamos buscar melhores resultados”, prometeu.
Em campo no lugar de Serginho, machucado, Diguinho, que chegou em 5 de maio e havia atuado em apenas 178 minutos, ficou quase três meses fora. Mas, de acordo com Jorginho, mostrou empenho e mereceu a vaga entre os titulares. Para o treinador, a experiência de Diguinho, que deve ganhar mais oportunidades, contará a favor do Vasco.
“A atuação do Diguinho tem de ser destacada. Tem grande qualidade. É um jogador que sabe jogar e tem pegada. Precisa ser muito macho para ir ao ataque e fechar a defesa como ele fez. Ainda tem o fator experiência. Ele já passou por essa situação e venceu. Essa energia pode contagiar o grupo e agregar neste momento crítico”, afirmou Jorginho, que provavelmente vai manter o volante contra a Ponte Preta, na quarta-feira.
Fonte: O Dia Online