O departamento jurídico do Vasco vai registrar neste sábado queixa crime contra os agressores dos jogadores do time neste sábado. Os protestos, à tarde em São Januário, e à noite na porta do hotel da delegação, na Lapa, terminaram com arremesso de ovos no ônibus e num tapa no zagueiro Rodrigo, que chegou a ameaçar não entrar em campo, mas deve jogar às 19h30 contra o Atlético-MG.
O clube analisa os vídeos e as fotos e já identificou pelo menos uma pessoa da chamada oposição da principal torcida organizada vascaína - a Força Jovem do Vasco, que está suspensa dos estádios e participou dos protestos apenas na parte da tarde na sede do clube, no estádio de São Januário. O homem que dá um tapa em Rodrigo se chama Sávio e é membro da oposição da uniformizada, que tenta retomar o poder dentro da FJV e apoiou o retorno de Eurico Miranda à presidência. No poder, Eurico disse que não reconhecia a organizada enquanto "perdurar a suspensão da Justiça e os conflitos internos" da organizada.
Após o episódio na porta do hotel, o presidente Eurico Miranda foi até a Lapa para conversar com Rodrigo e o demover da ideia de não atuar na partida desta noite. A diretoria emitiu nota oficial repudiando a atitude dos torcedores. Confira a íntegra da nota abaixo:
"O Club de Regatas Vasco da Gama repudia de forma enérgica os atos de violência da última sexta-feira (04/09) patrocinados pelas duas facções que lutam pelo controle da torcida Força Jovem, banida dos estádios por ordem da Justiça.
A tentativa de invasão de São Januário, onde se encontravam atletas profissionais e amadores de diversas categorias, crianças das escolinhas e sócios foi contida para que não se colocasse em risco a integridade física de todos. Os agressores, quase todos já identificados, pertenciam a uma das facções da Força Jovem.
Já no cerco ao ônibus do clube, na chegada à concentração, no centro do Rio, estavam presentes os membros de outra facção da banida torcida, que agiu com igual violência culminando com a agressão ao jogador Rodrigo. Também neste caso estão identificados os agressores.
É preciso que fique esclarecido que ali não estava a torcida do Vasco. Os verdadeiros torcedores estão envergonhados e chateados com a campanha no futebol e isso é reconhecido pela própria Diretoria. Ali, no entanto, estavam membros de uma organização banida dos estádios e que utilizam quaisquer meios para o controle da facção.
O Club de Regatas Vasco da Gama está tomando todas as providências legais sobre os dois casos para que as condições de civilidade prevaleçam sobre a barbárie e o crime. O Vasco reafirma que defenderá seus atletas, suas crianças e seu patrimônio.
Eurico Miranda
Presidente do Club Regatas Vasco da Gama".
Fonte: GloboEsporte.com