Com as quatro rodas atoladas, o jipe vascaíno tenta novamente sair da lama no Campeonato Brasileiro. A ignição, mais uma vez, é uma vitória, algo esporádico para quem venceu apenas três vezes em 20 partidas na Série A. Para sair do atoleiro e evitar o rebaixamento, a equipe tenta usar a Copa do Brasil, na qual eliminou o Flamengo, como combustível.
De fato, para conseguir a classificação para as quartas de final do mata-mata, o Vasco teve de superar algumas deficiências que complicam sua vida no Brasileirão. Uma delas é a (in)capacidade de reagir depois que a equipe sai atrás no placar. Nas 20 rodadas na Série A, em apenas três o Vasco conseguiu ao menos empatar depois de ficar em desvantagem.
O atacante Nenê admite que a fragilidade emocional tem sido um problema que explica em parte a última colocação na tabela de classificação.
- Não podemos pensar dessa maneira, tomamos um gol e ficamos como se tudo estivesse acabado. Faz parte do jogo, tomar gol - disse.
Além da dificuldade em reagir, o Vasco do Brasileiro também pode aprender com o Vasco da Copa do Brasil a se manter concentrado. Os famosos “apagões” na Série A, em que o time passou a assistir ao adversário jogar, não deram as caras contra o rival rubro-negro.
- Temos de manter a mesma determinação que tivemos contra o Flamengo. Toda partida para nós daqui para frente é uma decisão. Estamos focados, confiantes, com o mesmo comprometimento que tivemos, as coisas vão mudar no Brasileiro - afirmou Nenê, esperançoso.
O sentimento não é novidade. Depois das vitórias sobre Flamengo e Fluminense, pelo Brasileiro, e sobre o América, de Natal, pela Copa do Brasil, o Vasco viveu a mesma expectativa de arrancada. Não foi o caso. Se as rodas patinarem novamente amanhã, contra o Figueirense, o jipe vascaíno vai ficar mais perto da perda total.
Fonte: Extra Online