Falou em eixo Rio-São Paulo, falou em Oswaldo de Oliveira. O treinador tem no currículo o "título" de ser o único que já comandou os oito principais clubes somando os dois estados: Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos. Ninguém mais alcançou essa façanha. Rubro-negro de coração, ele realizou nesta semana o sonho de voltar ao time que comandou brevemente em 2003. E falou sobre a experiência que ganhou com o tempo desde a primeira passagem pela Gávea.
- A diferença são 12 anos. E nesse tempo sou mais experiente, em tudo que esse espaço de tempo pode produzir de mudança. Fico feliz de ter boa recepção. É fundamental que a torcida apoie o trabalho, que haja otimismo e ajuda da torcida.
Por falar na primeira passagem de Oswaldo pelo Flamengo, o treinador não guarda boas lembranças dela. Ironicamente foi pelo time de coração que ele teve seu pior aproveitamento entre os oito grandes do eixo Rio-São Paulo: apenas 44%, com sete vitórias, três empates e oito derrotas em 18 jogos. Agora, na segunda passagem, o comandante tem a chance de mudar esse quadro e melhorar os números pelo Fla.
Por outro lado, o melhor aproveitamento de Oswaldo no eixo ocorreu no Santos. Primeiro, em 2005, obteve nove vitórias, quatro empates e três derrotas em 16 partidas. Depois, em 2014, foram 44 jogos, com 25 triunfos, nove empates e 10 reveses. Somando as duas passagens, que foram bem parecidas, o aproveitamento é de 63%: 34 vitórias, 13 empates e 13 derrotas em 60 duelos.
A segunda melhor marca de Oswaldo é de 62% de aproveitamento, tanto no São Paulo quanto no Palmeiras. Pelo primeiro, entre 2002 e 2003, foram 58 partidas, com 32 vitórias, 12 empates e 14 derrotas. E pelo segundo, em 2015, foram 31 jogos, com 17 triunfos, sete empates e sete reveses.
No Rio, os melhores números de Oswaldo de Oliveira são pelo Fluminense, mas por vantagem mínima em relação a Vasco e Botafogo. Foram duas passagens pelo Flu. Entre 2001 e 2002, conquistou 28 vitórias, 14 empates e sofreu 13 derrotas. E em 2006 foram 10 triunfos, sete empates e cinco reveses. No total, 58% de aproveitamento: 38 vitórias, 21 empates e 18 derrotas em 77 jogos.
Por Vasco e Bota a marca é a mesma: 57%. Em 2000, no Cruz-Maltino, obteve 21 vitórias, nove empates e 12 derrotas em 42 partidas. Entre 2012 e 2013, pelo Glorioso, foram 63 vitórias, 38 empates e 31 derrotas.
Títulos no Corinthians, quase no Vasco
O aproveitamento no Corinthians, somando as duas passagens, também foi de 57%, inferior ao que conquistou nos três rivais de São Paulo. No entanto, a segunda passagem teve números piores até do que no Flamengo em 2003: 17 jogos, com cinco vitórias, três empates e nove derrotas, o que dá uma marca de 35%. Só que o primeiro período, entre 1999 e 2000, foi bem melhor - 53 triunfos, 18 empates e 26 reveses em 97 partidas -, o que aumenta bastante o aproveitamento no geral. O total pelo Timão foi de 114 duelos: 58 vitórias, 21 empates e 35 derrotas.
Em compensação, foi no Corinthians que Oswaldo conquistou seus principais títulos como treinador. Foi campeão do Paulista e do Brasileiro em 1999, e do Mundial em 2000. Em 2002, faturou o Supercampeonato Paulista pelo São Paulo. No Rio de Janeiro, o comandante ficou no quase com o Vasco. Ele levou o time à final da Mercosul e à semifinal do Brasileiro de 2000, mas foi demitido por conta de um atrito com presidente Eurico Miranda - sem Oswaldo, o Cruz-Maltino acabou conquistando os dois títulos. Mas o clube onde ele foi mais vitorioso fica bem longe do eixo Rio-São Paulo: o Kashima Antlers, do Japão, com diversos canecos entre 2007 e 2011.
Fonte: GloboEsporte.com