“Eu escolhi acreditar”. Esse é o lema lançado pelos torcedores do Vasco no clássico de quarta-feira e que já surge como forte candidato a substituir “O respeito voltou”, slogan de Eurico Miranda. Ao analisar os jogos do segundo turno, O GLOBO consegue traçar um cenário otimista. Para isso, uma vitória contra o Goiás, adversário direto, é um belo passo. Ainda mais que o jogo, às 18h30m, é no Serra Dourada. Fora de casa, o Vasco tem só um ponto, o que precisa mudar .
— Vamos construir passo a passo. Não adianta pensar lá na frente. Não vamos construir nada se não pensarmos no Goiás — deixou claro Jorginho, que repetirá a escalação de quarta-feira.
A declaração parece uma mudança de discurso. Depois da vitória sobre o Flamengo pela Copa do Brasil, o técnico traçou sua meta: o título do segundo turno. Para garantir a permanência, no entanto, os jogadores não precisam ficar tão pressionado pelo “título”, que, no turno, custou a conquista de 40 pontos pelo Corinthians.
HISTÓRICO DO 'NÚMERO MÁGICO'
Se o Vasco fizer os mesmos 33 pontos que levaram o Fluminense à quarta colocação, o clube chegará a 46 pontos e estará possivelmente salvo. Para isso, tem que vencer nove jogos, empatar seis e pode perder quatro. Nunca na história dos pontos corridos com 20 times, um clube foi rebaixado com 46 pontos — em 2009, o tricolor escapou com esta soma. Três vezes, foram precisos 45 pontos para escapar da queda.
Este é apenas o cenário mais complicado, é possível se salvar com menos pontos. Em nove campeonatos com este formato, 42 foram suficientes em três oportunidades. Em uma das edições, 40 pontos foram o bastante. No ano passado, 39 pontos já seriam capazes de evitar o rebaixamento.
Numa trajetória possível, O GLOBO conseguiu encontrar os 33 pontos que faltam para o Vasco respirar aliviado. Para que isso aconteça, a equipe tem que ser mais parecida com aquela que venceu o Flamengo, mesmo diante imensa maioria de torcida adversária no Maracanã, do que aquela que perdeu para o Coritiba há uma semana, no mesmo estádio.
11 MIL INGRESSOS PARA QUARTA
Se conseguir deixar de ser a pior defesa, com 31 gols sofridos (três a mais do que o segundo pior), e o pior ataque, com oito marcados (cinco a menos que o segundo), não é otimismo imaginar que o Vasco vencerá, em casa, Figueirense, Atlético-PR, Chapecoense e Santos. Em clássicos, a exigência diminui: quatro pontos em seis já são motivos de comemoração.
Em uma análise realista, vitórias sobre Atlético-MG, Sport, Grêmio e Corinthians, que disputam no alto da tabela, não são garantidas nem mesmo jogando no Rio. Por outro lado, perder também não é uma opção. Portanto, empate é um resultado aceitável.
Fora de casa, o time terá que buscar quatro vitórias. Goiás, Avaí e Joinville são partidas em que o sucesso é plausível. Contra o São Paulo, a confiança dos apostadores certamente é menor, mas, na última semana, Goiás e Ceará ganharam no Morumbi.
Goiás: Renan, Gimenez, Fred, Felipe Macedo e Diogo Barbosa; Rodrigo, Patrick, David e Liniker; Erik e Zé Love.
Vasco: Martín Silva, Madson, Anderson Salles, Rodrigo e Christiano; Serginho, Guiñazú, Julio dos Santos, Nenê e Jorge Henrique; Riascos.
Fonte: O Globo Online