Celso Roth está magoado. A demissão anunciada pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, após derrota para o Coritiba, no Maracanã, no último sábado, parecia ter sido melhor digerida. Só parecia. O profissional deixa claro que se sentiu desprestigiado por ter o trabalho interrompido e demonstra confiança no que vinha fazendo.
"Com relação a minha saída agora, claro que fiquei chateado. Havia um projeto em desenvolvimento, mas não foi como esperávamos", disse Celso Roth.
"O Vasco vive uma situação de desequilíbrio. Os jogadores são bons, mas estão em níveis de preparação física, técnica e tática diferentes. Precisa de uniformidade e sequência para o time render, para obter resultados melhores. Isso leva algum tempo e o Vasco de hoje tem pressa", completou o ex-treinador.
Para ele, o Vasco precisa de tempo para deixar os reforços contratados em bom nível e prontos para ajudar a equipe. Segundo ele, o fato do elenco ter sido qualificado já com a competição em andamento foi um dos principais erros do Cruzmaltino.
"Tínhamos um desequilíbrio físico, técnico e tático. Quando isso ocorre, você trabalha jogo a jogo. Antes de cada partida, vê quem está melhor e põe para jogar. Se colocar sempre os mesmos 11 numa situação dessas, depois de cinco jogos o departamento médico estará lotado", afirmou.
Mesmo distante, Roth afirma que seguirá na torcida pelos comandados e que a atual posição do Vasco, na lanterna do Brasileiro, é mentirosa. Segundo ele, o time tem condições de lutar por algo melhor na competição.
"Espero que a Série A. Torço por isso. Trabalhamos para isso. Pode ser que o Vasco não devesse estar no G-4, ou até mesmo nas oito primeiras posições do campeonato, mas também não era para estar na lanterna. Acredito no crescimento do time. E que o novo técnico [Jorginho Campos foi o escolhido], mantenha o trabalho que vínhamos fazendo e obtenha os resultados que não vieram na nossa gestão", finalizou.
Fonte: UOL