“Some do meu Vasco!”. Foram as palavras com as quais alguns torcedores receberam Celso Roth no tumultuado desembarque do time, nesta quinta, no aeroporto Santos Dumont. Mas, apesar da crise em São Januário, ele não sumiu. O presidente Eurico Miranda o manteve para o jogo contra o Coritiba, amanhã. Mais pela falta de um substituto do que por ainda acreditar em seu trabalho. Após mais uma derrota no Brasileiro, a cúpula vascaína já se convenceu de que o treinador não tem condições de fazer o time reagir. A esperança é de que Nenê e Jorge Henrique, regularizados e prontos para estrear, possam ajudá-lo a dar uma cara nova à equipe.
— Esse é o pensamento geral — confirmou o vice-presidente de futebol José Luiz Moreira, sem nenhum constrangimento em admitir a situação. — Está difícil, mas a gente está dando mais condições para ele exercer o trabalho que se acha capaz de fazer. O treinador não está dando certo, mas vamos esperar mais.
Todas as fichas estão apostadas nos reforços. Nenê e Jorge Henrique treinaram nesta quinta em São Januário, já sob o comando de Celso Roth, que se reuniu com Eurico Miranda logo após a atividade. A previsão é a de que Jorge Henrique e o volante Felipe Seymour sejam apresentados no clube nesta sexta.
— Ele agora tem mais matéria prima de qualidade, além do elenco que já tinha à disposição. Quem sabe agora não começa uma nova etapa? — aposta Monteiro.
O técnico ganhou sobrevida, mas continua por um fio, já que não consegue fazer o time apresentar resultados positivos e é visto por parte da diretoria como um profissional ultrapassado. Cientes de que a demissão pode ocorrer a qualquer momento, agentes têm oferecido nomes de treinadores que estão no mercado, como Oswaldo de Oliveira, Mano Menezes (mas por um empresário que não é o seu, Carlos Leite), Alexandre Gallo e Guto Ferreira. Eurico quer um nome de peso, só que o clube não tem dinheiro para arcar com um salário alto. Até lá, fica com Roth.
— Tem muitos nomes no mercado. Mas a gente tem um treinador. Ele vai continuar até... Vamos ver. Acho que a gente não pode sacrificar o profissional — encerrou o vice de futebol.
Fonte: Extra Online