Depois de mais uma derrota no comando do Vasco e na lanterna do Campeonato Brasileiro, Celso Roth só permanece no Vasco se Eurico Miranda conseguir conter a pressão da maioria dos dirigentes que o cercam. Isolado e pressionado por todos lados, o presidente já admitia a troca de treinador e autorizara a conversa de um intermediário pelo técnico Oswaldo de Oliveira. Demitido pelo então vice-presidente de futebol às vésperas dos jogos decisivos do Brasileiro de 2000, o ex-técnico do Botafogo, Flamengo e Fluminense, que saiu do Palmeiras no início da atual competição, ficou de pensar na possibilidade de retornar a São Januário.
O treinador recebeu sondagens também do Internacional e vê chances de se transferir para o futebol do exterior. O coordenador científico do Vasco, Alex Evangelista, que trabalhou com Oswaldo no Botafogo, é um dos trunfos do clube para atrair o técnico, que não vê problemas em voltar a trabalhar com Eurico - a saída de Isaías, com quem se desentendeu na demissão há 15 anos, abria um pouco mais as portas a Oswaldo.
O nome de Guto Ferreira, que dirigiu a Ponte Preta neste Brasileiro, é outro que foi sondado pelo Vasco. Mas a prioridade é mesmo Oswaldo de Oliveira.
Aliados políticos, o filho de Eurico, Euriquinho, e vice-presidentes mais próximos tentam convencer o presidente a demitir Celso Roth. O Vasco está na lanterna a uma rodada do fim do primeiro turno e segue a sete pontos do primeiro time da zona de rebaixamento - diferença que pode aumentar nesta quinta-feira.
Com o alívio no pagamento do acordo com a Receita Federal - que consumia R$ 1,5 milhão por mês -, pela Medida Provisória do futebol sancionada pela presidente Dilma Roussef em Brasília, o Vasco admite aumentar a proposta para atrair Oswaldo de Oliveira. Outro obstáculo é uma antiga dívida que o técnico cobra do clube, no valor de cerca de R$ 2 milhões. O Cruz-Maltino contesta o débito e, pela volta, Oswaldo teria que aceitar pelo menos um acordo.
Fonte: GloboEsporte.com