Celso Roth pode estar com os dias contados no Vasco. Independente do resultado na partida desta quarta-feira, contra o Santos, na Vila Belmiro, a diretoria cruzmaltina já estuda uma troca no comando técnico do time. A paciência da cúpula do clube se encerrou no último domingo, quando os vascaínos não conseguiram vencer o Joinville em casa num jogo em que muitos apostavam ser o início da recuperação no Campeonato Brasileiro.
A atuação fraca após quase dez dias de treino irritou o comando do clube, especialmente o presidente Eurico Miranda e seu filho, Euriquinho. Ambos, juntos com outros membros da diretoria, entendem que uma troca precisa ocorrer o quanto antes, trazendo novos ares e tentando injetar ânimo na equipe que faz a pior campanha do clube na era dos pontos corridos – desde 2003.
A troca só não foi concretizada até o momento porque a diretoria vê dificuldade em encontrar um nome no mercado. Eurico e seus pares não pensam em técnicos que sejam tratados como "apostas". A ideia da cúpula é arranjar uma opção experiente que possa resolver os problemas da equipe e se encaixe no modelo financeiro cruzmaltino – com teto salarial na casa dos R$ 150 mil.
Diante da missão complicada, o Vasco mantém Celso Roth, mesmo admitindo internamente a perda de força do treinador no clube.
Enquanto isso, o técnico tenta ganhar uma sobrevida. Mais que resultados, Roth terá que driblar problemas internos. A rejeição, antes vista apenas entre os dirigentes que eram contra sua contratação, se estendeu para vestiário. Alguns jogadores já não escondem a insatisfação com treinador.
Uma das principais queixas do grupo é a maneira como Celso expões seus comandados diante de uma situação delicada na tabela do Brasileiro. É comum ver o técnico apontar nomes e culpados após as derrotas na competição. Foi assim com o goleiro Martin Silva, o zagueiro Aislan e, recentemente, com o atacante Herrera.
Com apenas três vitórias, um empate e cinco derrotas (37% de aproveitamento), o treinador precisa urgentemente se recuperar. "Beneficiado" pela falta de opções no mercado, Roth vê uma melhora na tabela como última opção na tentativa de sobreviver no cargo, ainda que nem assim sua permanência esteja garantida.
Fonte: UOL