Prometida para conclusão ainda no primeiro semestre, as obras do campo anexo em São Januário avançam lentamente no Vasco. No local onde será erguido um improvisado mini-centro de treinamento, ainda há atividades normais das categorias de base do clube e do futebol feminino. No momento, com recursos escassos e penhoras batendo à porta todos os dias, não há previsão para a conclusão da obra. Na próxima quinta-feira, no entanto, está prevista a chegada das máquinas para o início do nivelamento do terreno.
O Vasco tem treinado fora de São Januário nos últimos dias para preservar o gramado de seu estádio - que passa por processo de restauração. Desde a última sexta, os atletas tiveram de percorrer quase 90 km apenas para treinar - de acordo com medições do Google Maps e contando deslocamentos a partir de São Januário. Foram três bairros em três zonas diferentes da cidade. Na sexta, o time foi até a Urca para usar o campo do exército, que a diretoria alugou por alguns dias.
No último sábado, os vascaínos preferiram usar, sem custos, a estrutura da academia Akxe na Barra - que tem entre os proprietários Carlos Gandola, aliado político de Eurico e investidor do Fut-7. As partidas de futebol, que contam com Felipe e já tiveram Falcão, do futsal, são realizadas na academia. No local, usaram a sala de musculação e ainda a caixa de areia.
A programação inicial ainda previa ida ao centro de treinamento do Nova Iguaçu, o que aumentaria consideravelmente a quilometragem do grupo vascaíno, mas o departamento de futebol desistiu do deslocamento até a cidade da Baixada Fluminense. O treino pode até retornar ao estádio de São Januário, o que deve ser definido nesta quarta-feira - o time treina nesta quarta na Urca novamente. Enquanto isso, parte do gramado de São Januário está em recuperação. Os jogadores não estão utilizando as marcações oficiais do campo e trabalharam na lateral ou atrás do gol. O vice de patrimônio admite a falta de dinheiro para avançar com as obras, mas diz que o clube está se virando para entregá-la o quanto antes.
- Já terminamos a obra na entrada dos visitantes e as máquinas estão chegando nessa quinta para dar início ao nivelamento. Vamos no ritmo que dá para fazer as coisas. Teremos que cavar um pouco, há uma profundidade mínima por causa da grama e tal. Mas não dá para fazer previsão justamente por conta da questão financeira - explicou o vice-presidente de obras de engenharia e patrimônio, André Luiz Vieira Afonso.
Como parte do processo de construção do campo anexo, foi realizada a obra para deslocamento da bilheteria no portão atrás da arquibancada vascaína. Está parte já está pronta e, inclusive, funcionando em dias de jogos. Ao lado do campo de grama sintético, ainda há muito entulho - do resto de pequenas intervenções no local. Recentemente, a diretoria entregou ainda a nova Pousada do Almirante, alojamento para 80 pessoas - localizado embaixo das arquibancadas - que treinam no clube e também estudam no Colégio Vasco da Gama.
- Se tiver recurso, a obra (do campo anexo) vai rápido. Se não tiver, vai devagar, mas a gente vai fazendo. A ideia é ter o campo anexo. Vamos ter - frisou o presidente Eurico Miranda em entrevista coletiva na última terça.
Caprres no papel
Outra obra que o Vasco pretende levantar no terreno de São Januário é do centro de saúde, o Caprres. Hoje, a estrutura está improvisada no departamento de futebol, espremida entre a sala de musculação e o departamento médico. O projeto para a construção da área física do Caprres, que deve ficar localizado perto do estacionamento dos jogadores, ainda está apenas no papel.
- Ainda estamos negociando essa obra e não temos previsão - frisou André Luiz.
Fonte: GloboEsporte.com