Por conta de rebaixamentos e acessos, Vasco e Palmeiras passaram as duas últimas temporadas em divisões diferentes do Campeonato Brasileiro e sem se enfrentar. O duelo volta a ocorrer neste domingo após 1046 dias e em São Januário, mesmo local do último encontro e onde foi sentenciado o fim da passagem de um dos técnicos mais importantes da história alviverde.
Em 12 de setembro de 2012, o Vasco derrotou o Palmeiras em casa por 3 a 1 e o time paulista, que terminaria aquele ano sofrendo com o descenso à Série B, anunciou a dispensa de Luiz Felipe Scolari no dia seguinte. Curiosamente, quem acompanhava a partida nas tribunas de São Januário era Marcelo Oliveira, então técnico recém-contratado pela diretoria cruz-maltina.
O desempenho há quase três anos no estádio vascaíno ratificou a Felipão e à diretoria palmeirense que o técnico, campeão da Copa do Brasil pouco mais de dois meses antes, não evitaria o rebaixamento. Destino que nem Gilson Kleina, seu substituto, conseguiu mudar, e o Verdão caiu a duas rodadas do fim do Brasileiro.
Aquela partida em São Januário foi a 408ª e última de Scolari pelo Palmeiras, trajetória que rendeu ao time os títulos da Libertadores de 1999, das Copas do Brasil de 1998 e 2012, da Copa Mercosul de 1998 e do Torneio Rio-São Paulo de 2000. É o segundo técnico que mais vezes treinou o clube na história, atrás apenas das 580 do também gaúcho Oswaldo Brandão.
O Verdão decidiu abrir mão de Felipão logo após perder no Rio de Janeiro e, àquela altura, tinha cinco vitórias, cinco empates e 14 derrotas pelo Brasileiro, então em penúltimo lugar. Terminou o torneio em antepenúltimo lugar, com nove vitórias, sete empates e 22 derrotas.
No jogo, Fernando Prass era o goleiro do Vasco – enfrentará o ex-clube pela primeira vez, já que acertou com o Palmeiras em dezembro de 2012. O Verdão saiu na frente com Luan, aos 23 minutos do primeiro tempo, mas Tenorio empatou seis minutos depois e, no segundo tempo, a equipe carioca virou com Nilton, aos cinco, e Juninho Pernambucano, aos 26.
Pelo Palmeiras, entraram em campo: Bruno; Artur, Maurício Ramos, Wellington e Juninho; Henrique, Correa, Tiago Real e Valdivia; Luan e Barcos. Vinícius, Betinho e Obina saíram do banco. De todos esses, apenas Valdivia ainda treina no clube, mas apenas para cumprir seu contrato até o próximo dia 17 – a diretoria já anunciou que não renovará o vínculo.
O Vasco, por sua vez, atuou com: Fernando Prass; Max, Dedé, Douglas e William Matheus; Nilton, Wendel, Juninho Pernambucano e Jhon Cley; Tenorio e Alecsandro. Luan,Felipe e Éder Luis saíram do banco. Atualmente, Jhon Cley, Luan e Éder Luis compõem o elenco e, curiosamente, além de Prass, Alecsandro está no Palmeiras, assim como o então recém-contratado técnico Marcelo Oliveira. Em 2014, o lateral esquerdo William Matheus chegou a vestir a camisa alviverde durante o primeiro semestre.
Após aquele duelo, o Palmeiras foi rebaixado e passou 2013 na Série B, sendo campeão, enquanto o Vasco caia na primeira divisão. O Verdão passou 2014 tentando – e conseguindo – permanecer na Série A, e o time cruz-maltino alcançou o acesso com a terceira melhor campanha na segunda divisão nacional.
Como ambos não se encontraram na Copa do Brasil desde então, volta a ocorrer neste domingo um duelo que já foi decisão de Brasileiro, em 1997, com festa carioca pela vantagem de dois empates, exatamente o que aconteceu com 0 a 0 nas duas finais.
Juninho Pernambucano superou seu xará, então lateral do Palmeiras, e sentenciou a vitória por 3 a 1 |
Marcelo Oliveira tinha acabado de chegar ao Vasco e viu aquele jogo das tribunas de São Januário |
Fonte: Gazeta Esportiva