O Vasco volta ao Campeonato Brasileiro tentando resolver o problema da falta de gols. Se na Copa do Brasil o time conseguiu marcar três no América-RN, no Brasileirão a situação é crítica. Foram apenas cinco gols em 13 partidas. A média de 0,38 gol por jogo é a pior de uma equipe no torneio desde 1984. Só supera a do Ferroviário-CE na edição vencida pelo Fluminense. O time cearense marcou três gols em nove partidas, média de 0,33.
Com o sinal de alerta ligado, o técnico Celso Roth já diagnosticou o problema, mas ainda não conseguiu encontrar uma solução.
“Na última partida, chegamos nas bolas paradas. Mas também criamos uma jogada que resultou no gol do Biancucchi. Tenho a noção de que o Vasco precisa melhorar muito nesse aspecto. Nós fizemos um treinamento e a movimentação já melhorou um pouco. Temos muitas deficiências sim, mas contra o América-RN já conseguimos chegar e fazer os gols”, afirmou o treinador.
Em todo o Brasileirão, o Vasco finalizou 140 vezes no torneio, sendo 51 certas. Para balançar a rede, são necessárias 28 finalizações da equipe. Já o líder Atlético-MG precisa chutar apenas seis vezes para marcar um gol.
O jejum dos atacantes também incomoda. Rafael Silva não marca um golzinho desde a decisão do o título estadual. Já são 76 dias. O jejum de Thalles é maior: 94 dias. Principal centroavante do elenco, Gilberto pediu para ficar fora do jogo contra o América-RN para aprimorar a forma técnica. Ele não marca também há 76 dias.
“Gilberto está de volta. Está relacionado”, disse Roth, sem se alongar no assunto.
Principal contratação da equipe na temporada, Dagoberto coleciona decepções. Marcou apenas na sua estreia contra o Nova Iguaçu e encara um jejum de 125 dias.
Se o ataque não vem correspondendo, pelo menos os zagueiros balançam as redes. O trio Luan — que está na seleção pan-americana — Rodrigo e Anderson Salles já marcou 11 gols na temporada.Resultado de muito treino.
“Acredito que seja uma evolução o fato de termos chegados em lances que resultaram em gol. Seja de bola parada, como no terceiro gol (contra o América). As coisas só acontecem se mostrarmos força e criarmos boas jogadas”, encerrou Roth.
Confira as piores médias de clube:
2015 – Vasco – 0,38 por jogo
2014 – Criciúma – 0,73
2013 – Náutico – 0,57
2012 – Bahia, Ponte Preta e Atlético-GO – 0,97
2011 – Bahia – 1,13
2010 – Guarani – 0,86
2009 – Atlético-PR – 1,10
2008 – Ipatinga – 0,97
2007 – América-RN – 0,63
2006 – São Caetano – 0,97
2005 – Brasiliense – 1,11
2004 – Ponte Preta – 0,93
2003 – Vitória – 1,08
2002 – Botafogo – 0,96
2001 – Botafogo-SP – 0,85
2000 – Santa Cruz – 0,75
1999 – Sport – 0,66
1998 – Bragantino – 0,86
1997 – União São José – 0,72
1996 – Corinthians – 0,86
1995 – União São João – 0,78
1994 – Náutico – 0,66
1993 – Atlético-MG – 0,50
1992 – Atlético-MG – 0,78
1991 – Grêmio – 0,78
1990 – Internacional – 0,47
1989 – Sport – 0,66
1988 – América-RJ – 0,47
1987 – Santos – 0,46
1986 – Operário-MT – 0,40
1985 – Flamengo-PI – 0,63
1984 – Ferroviário-CE – 0,33
Fonte: Blog Na Bola - O Dia Online
