Vasco e Fluminense só vão se enfrentar no próximo domingo, mas as polêmicas continuam surgindo. A última nasceu com uma convocação na internet: torcedores vascaínos deram início a campanha para comprar ingressos para o lado direito (setor sul) do Maracanã. O local é destinado aos tricolores desde 2013, quando o estádio foi reaberto e o clube das Laranjeiras assinou contrato de 35 anos com o estádio. Os dirigentes do Flu alegam que o documento dá direito a colocar a torcida no lado direito. Já os cruz-maltinos se apoiam em um fato histórico: a conquista do Campeonato Carioca de 1950, o primeiro do Maraca, que lhe deu a chance de escolher o posicionamento de seus torcedores.
A campanha começou nas redes sociais. A imagem fala em ''fazer valer o direito conquistado em campo''. Na final do Campeonato Carioca, os vascaínos também compraram ingressos para o setor rival - no caso o norte, destinado ao Botafogo, porque o sul já estava esgotado. O Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) promete adotar a mesma medida da decisão do estadual: não será permitida a entrada de camisas do Vasco na área do Fluminense e qualquer torcedor que se manifestar a favor do Cruz-Maltino no setor sul será retirado do estádio.
O presidente Eurico Miranda já deu várias declarações sobre o assunto. Disse que o Vasco não enfrentaria o Fluminense no Maracanã de jeito algum caso o lado da torcida não fosse respeitado. No Carioca, o jogo foi transferido pela Ferj para o Engenhão. Agora, como o mando é do Tricolor, a partida será mesmo no Maraca. A CBF chegou a anunciar na semana passada que o clássico seria realizado com torcida única. Voltou atrás pouco depois por recomendação do Ministério Público.
O departamento jurídico do Vasco ainda estuda a possibilidade de entrar com uma ação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) ou Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STDJ) para tentar reverter a decisão.
- Ainda estamos decidindo, mas vamos resolver nesta terça. Pode ser até que o Vasco dê entrada nos dois - frisou o vice-presidente jurídico do clube, Paulo Reis.
Fonte: GloboEsporte.com