Além da fase ruim dentro de campo no Campeonato Brasileiro, o Vasco sofre com um desconforto interno de opiniões que causam mal estar no dia a dia do clube. Algumas situações ocorrem desde o início do ano, mas vieram à tona somente agora. A relação entre o gerente de futebol, Paulo Angioni e o filho do Presidente, Euriquinho, não é boa. Ao mesmo tempo, o vice de futebol José Luis Moreira tenta ser o apaziguador, mas não aprovou as últimas atitudes de Euriquinho, como a reunião feita com o grupo de jogadores na última sexta-feira sem a presença de qualquer membro da diretoria e comissão técnica.
Além da falta de relação entre Euriquinho e Angioni, um outro ponto passou a ser alvo de discórdia durante o início do Brasileiro. O projeto do CAPRRES, desenvolvido por Alex Evangelista não tem a mesma força de antes e cria resistências internas. Um dos maiores incentivadores do Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo, Euriquinho disse recentemente que não aprovar o método do clube seria um ato de ignorância. Quando Celso Roth chegou, o técnico se preocupou em acertar o time e não deu muita "bola" para o CAPRRES assim como o preparador físico Paulo Paixão. Recentemente em desabafo no seu instagram, Alex Evangelista deixou bem claro o esvaziamento do projeto que, segundo ele, está sendo subestimado por algumas pessoas.
O desentendimento de métodos de trabalho das pessoas envolvidas, já contribuiu para as demissões de dois profissionais. O fisiologista Renato Fonseca e o médico Vicenzo Giordano deixaram o clube. Além das discordâncias, Renato teria tido problemas pessoais com pessoas das categorias de base, e Vicenzo alegou incompatibilidade de horários.
O clima se tornou pior nos últimos dias com os protestos da torcida no aeroporto e em São Januário. O vice de futebol José Luis Moreira tenta salvar o ambiente e conta com o apoio dos outros vice-presidentes. Nesta segunda ele conversou com os possíveis focos da crise interna para amenizar o problema.
Fonte: Rádio Globo