Em meio a dias de muita cobrança, do vestiário à arquibancada, o Vasco vê, aos poucos, a movimentação política crescer. Após desistência de participar da reunião do Conselho Deliberativo, na renúncia à ação de regresso movida pela gestão Roberto Dinamite contra Eurico Miranda, grupos derrotados na eleição do fim do ano passado dão o pontapé inicial, nesta terça-feira à noite, para o lançamento da Frente de Oposição Vascaína - nome do movimento que pretende manter unida a Cruzada Vascaína, o candidato da chapa “Sempre Vasco” Julio Brant em 2014, mais conselheiros, além de ir atrás de novas adesões com a cabeça em 2017.
A reunião - que será realizada no Clube dos Açores na Tijuca - é o primeiro encontro aberto a torcedores e sócios desde a eleição do ano passado. Na pauta, além do debate sobre o balanço patrimonial vascaíno de 2014, ideias e discussões sobre o futuro do clube e a participação política da oposição até o próximo pleito eleitoral. Brant, que encabeçou a chapa que ficou em segundo lugar com 1.570 votos (a chapa de Eurico teve 2.733), segue como uma das lideranças do grupo ao lado de João Marcos Amorim e Leonardo Gonçalves, presidente e ex-presidente da Cruzada, respectivamente.
- O lançamento da Frente de Oposição Vascaína deverá ocorrer nas próximas semanas. A ideia é que estejam juntos todos os grupos e membros de oposição do Vasco. Estamos formando uma frente aberta a todos - diz João Amorim.
Participativo em fóruns de debates com torcedores na internet, Julio Brant não descarta atrair Roberto Monteiro, terceiro colocado na eleição do ano passado. Na eleição passada, houve desavenças entre as duas partes, que não se juntaram para concorrer com Eurico - a chapa do atual presidente, por sinal, venceu as eleições com mais votos do que os dos adversários.
- Naquele momento eleitoral tivemos muito pouco tempo para falar, (a campanha) estava pegando fogo e agora é outro momento. Este grupo que é o futuro do Vasco. O grupo que hoje gere o Vasco já deu o que o que tinha que dar - criticou Julio Brant.
Ex-membro do Conselho Fiscal pela oposição na administração Dinamite, Amorim também critica a gestão Eurico e diz que o modelo atual busca "improviso ao invés de bons trabalhos de planejamento". Ele questiona as origens dos empréstimos e dos recursos para o pagamento de salários em dia e também dos acordos em processos com ex-funcionários na Justiça.
- Não ter notícias dessas fontes de pagamentos nos deixa com a pulga atrás da orelha, porque o que imaginamos é que o endividamento deve estar crescendo - disse o presidente da Cruzada.
Fonte: GloboEsporte.com