O capitão está preocupado e envergonhado. Com o Vasco na penúltima posição do Campeonato Brasileiro, o volante Guiñazu desabafou na tarde desta segunda-feira. Antes do treino fechado, o camisa 5 conversou - ao lado de Andrezinho e Rodrigo - com cerca de 50 torcedores no ginásio de São Januário. O argentino evitou dar detalhes sobre o papo, mas não escondeu sua preocupação com o momento do time.
- Da minha boca vocês não vão saber se teve alguma coisa. Isso é futebol profissional, o torcedor tem o direito de se expressar. Temos que focar no resultado que está faltando, temos ciência disso. Estamos com muita dor. Temos que fechar a boca e trabalhar muito. Estou muito preocupado com a nossa situação - frisou.
Já são dez rodadas na zona do rebaixamento. Apenas duas vitórias, o pior ataque (5), a pior defesa (-21), nove pontos ganhos em 13 rodadas: 23% de aproveitamento. Antes da conversa pacífica desta segunda em São Januário, o desembarque de domingo foi mais tenso. Vários torcedores foram ao aeroporto para protestar.
- Não posso opinar (protesto no desembarque), cada um sabe o que está fazendo. Sou profissional, a gente sabe que sempre dá o nosso melhor. Às vezes dá certo, às vezes não. Não vou falar de torcida. Quando o resultado vier, tudo se acalma. Precisamos disso para respirar. Temos que focar apenas no grupo, trabalhar para reconquistar a confiança. Já tivemos momentos felizes depois de muito tempo. Queremos alegrias novamente - disse.
Apesar de tudo, Guiñazu defende que os jogadores não podem ter medo de sair de casa.
- Medo, não. Jogador que tem medo não pode ser jogador. Tenho vergonha, mas temos que encarar, levar meus filhos na escola. O torcedor vai sempre se expressar - lembrou.
Antes de voltar a campo pelo Brasileirão, o Vasco tem um compromisso pela Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, a equipe enfrenta o América-RN, às 21h (de Brasília), em São Januário, pela terceira fase da competição.
Fonte: GloboEsporte.com