Em evento com torcedores em Brasília, Mauro Galvão elogia talentos da base vascaína

Em bate-papo bem humorado horas antes do confronto com o São Paulo, torcedores do Vasco mataram as saudades do ex-zagueiro Mauro Galvão. Entre lembranças de títulos com a camisa do Vasco e de sua passagem como dirigente, o capitão da Libertadores da América de 1998 deu esperanças à torcida, que hoje sofre com o time na zona de rebaixamento, para as próximas gerações que vão chegar ao profissional em São Januário.

Ex-diretor de futebol amador do Vasco, nos últimos dois anos e meio da era Dinamite na presidência, Galvão citou jovens jogadores da geração infantil e juvenil do clube - as duas categorias venceram a Taça Guanabara na semana passada. O ex-zagueiro participou diretamente das negociações de primeiro contrato de alguns jogadores, como no caso de Evander, um dos destaques da base vascaína e que foi citado por Mauro Galvão como futura esperança de dias melhores em São Januário.

- Acompanhei de perto os últimos anos e temos jogadores de muita qualidade, principalmente no infantil e juvenil. Evander, Andrey, (Matheus) Pet. Sabendo trabalhar eles vão chegar bem no profissional, porque têm muita qualidade - disse o ex-zagueiro, em evento promovido pelo departamento de marketing do Vasco em Brasília.

Mauro Galvão também destacou jogadores da categoria infantil, que vê com outra característica, mais de força física, mas lembrou da necessidade do time profissional dar respaldo para a ascensão desses jogadores jovens.

- Quando comecei no Internacional de Porto Alegre, tinha o Batista, o Falcão, o Mario Sérgio... isso ajuda bastante. Primeiro é importante acertar o time para depois colocar esses atletas, porque ainda precisam de um pouco de experiência. Tem pequena diferença da base para o profissional, tem que ir no tempo certo. Cada um tem uma forma de sentir, tem jogadores que entram e não sentem, outros demoram um pouco mais. Mas essas duas categorias vão dar bons frutos para o Vasco.

"É, pois é"

Descontraído, Mauro Galvão, que posou ao lado da Libertadores de 1998, lembrou que em agosto o título continental vai completar mais um aniversário e disse que confia no reerguimento do clube no Campeonato Brasileiro. Sobre a virada na Mercosul em 2000 contra o Palmeiras - de 3 a 0 para 4 a 3 -, um torcedor quis saber por que ele foi reserva de Júnior Baiano naquela final. Mauro respondeu que vinha de duas lesões e o vascaíno rebateu que "mesmo assim era muito melhor" que Baiano. Desconcertado, Galvão brincou: "É, pois é".

Comentando as dificuldades do time atual, o ex-jogador lembrou da força de investimento do Vasco nos anos 1990 quando o tirou do Grêmio, contratou Evair, do Palmeiras, além de outros reforços para o time que havia sido vice-campeão carioca de 1997, seria campeão brasileiro e iniciaria uma das trajetórias mais vitoriosas da história do clube. No fim, outro torcedor comentou que Mauro ainda está em boa forma e pediu para que entrasse em campo nesta noite.

- Gostaria de poder ajudar o Vasco de novo. Mas infelizmente meu tempo já deu - disse, aos risos, o ex-jogador.

Mauro Galvão durante evento do marketing do Vasco em Brasília

Fonte: GloboEsporte.com