O presidente do Vasco, Eurico Miranda, a princípio indica que o segundo jogo será em São Januário. Mas pessoas próximas ao dirigente afirmam que ele cogita colocar a partida do returno no Maracanã para que os vascaínos possam, enfim, com torcida única, voltar a ocupar o seu local tradicional na arquibancada depois da reforma do estádio. A medida adotada pela CBF teria aberto justamente o precedente que precisava para atingir seu objetivo. Em momento algum a entidade relacionou a decisão com algum tipo de pedido do Vasco, mas o mandatário cruz-maltino foi visto na sede da CBF na última sexta-feira ao lado do presidente Marco Polo del Nero.
Apesar das reclamações da concessionária do Maracanã sobre a decisão de impor torcida única no clássico entre Fluminense e Vasco, no dia 19, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, não tem intenção de mudá-la. A opção foi por uma medida preventiva - a entidade tem essa prerrogativa -, apesar de o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) ter garantido a segurança com qualquer formatação. O batalhão, porém, cuida somente de escoltas de organizadas e segurança interna da arena e o receio maior da CBF é com conflitos nos arredores, como o diretor deixou claro no ofício enviado ao presidente da Ferj, Rubens Lopes.
O Gepe ainda considera o clássico o de maior risco no momento no Rio, por conta do clima hostil formado com a disputa entre os presidentes pela arquibancada à direita da tribuna no estádio. O início da venda de ingressos pela concessionária causou estranheza nos corredores Ferj. Isso porque a reunião do jogo, onde se decide segurança, carga de ingressos e outros detalhes relacionados à organização, aconteceria somente na próxima semana. Embora ninguém tenha se pronunciado, a leitura na entidade é de que o protocolo foi quebrado.
Fonte: Blog Bastidores FC - GloboEsporte.com