Um ano após a realização da Copa do Mundo, em Cuiabá, muito mudou na capital mato-grossense. Apontado como possível ‘elefante branco’ a Arena Pantanal passa por dificuldades, mas nem tudo são lágrimas. Desde a realização do Mundial, já foram mais de 40 partidas disputadas entre a Copa do Brasil, Copa Verde e Séries A, B, C e D do Brasileiro de Futebol.
Após uma reforma emergencial no início do ano em parceria entre Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), governo de Mato Grosso e a empresa responsável pelas obras, o estádio pôde ser liberado para realização do campeonato Estadual. Logo em seguida, após críticas da imprensa e até mesmo do deputado Romário Farias. A Secretária de Cidades reformou a área externa do estádio para que a população pudesse usar o espaço para caminhada e área de lazer.
Enquanto isso manutenções internas garantiram a qualidade do gramado e de áreas que possuíam infiltrações e até risco de curto-circuito. Contudo o estádio ainda sofre com o baixo público que visita o local, que não consegue bancar a manutenção mensal estimada em R$ 1 milhão e paga pelo governo – atual administrador do local.
Alternativas
Para tentar minimizar os problemas financeiros e baixo público dos jogos locais, o governo está tentando em conjunto com a Federação de Futebol e demais entidades privadas, organizar jogos de grandes times. Como acontecerá com Vasco e Flamengo e o duelo paulista entre Ponte Preta e Palmeiras. Além desses duelos, já marcados, outros cinco grandes partidas devem acontecer na Arena até o fim de 2015.
Helmute Lawish, vice-presidente da FMF, disse que os jogos são boas atrações e que vão movimentar o futebol e outras áreas da cidade. “O Flamengo já veio uma vez e o Vasco já veio três e foi bem recebido acho que isso ajudou bastante, o fato deles também querer. A vinda de duas grandes partidas do Brasileirão em Cuiabá é importante para o fomento da economia local, além do objetivo principal que é valorizar o futebol no estado, as partidas vão estimular a geração de empregos e renda, são muitas pessoas envolvida na organização, isso sem contar que vai impulsionar o fomento entre hotéis e restaurantes, fazendo assim a economia da cidade crescer”, disse Lawisch.
Situação dos times
Atualmente os três principais times da capital passam por fases semelhantes nas Séries B, C e D do Campeonato Brasileiro. Em primeiro lugar vem o Luverdense, de Lucas do Rio Verde, que ocupa a 12ª posição da Segundona, com oito pontos e na oitava rodada do torneio.
Em seguida vem o Cuiabá EC que ocupa o 7º lugar do grupo A, na Série C. O time da capital precisa tomar cuidado, caso contrário corre o risco de ser rebaixado. Apesar do torneio ter tido apenas cinco rodadas. O Operário de Várzea Grande garantiu sua vaga na série D, via Estadual 2015. O torneio ainda não iniciou.
O que falta?
A Arena Pantanal está orçada em R$ 660 milhões e foi entregue ao governo de forma provisória para as quatro partidas do Mundial em 2014, Porém de acordo com a assessoria da Secretaria de Cidades (Secid) ainda faltam concluir os restaurantes externos ao estádio, os tablados de madeiras que dão acesso e também as proteções de acrílico. Infiltrações e também algumas correções que não estavam em conformidades com o projeto precisam ser revistas.
Apesar de ter um valor a receber, a empresa Mendes Júnior, responsável pela construção, se comprometeu a realizar os trabalhos que faltam para entregá-la em definitivo ao governo. Porém, uma decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu os pagamentos referentes ao consórcio, e as obras pararam. O Governo de Mato Grosso alega que faltam cerca de R$ 20 milhões para sanar as dívidas, o que deve atrasar um pouco mais a conclusão do estádio.
Fonte: Circuito Mato Grosso