O presidente vascaíno Eurico Miranda fez uma espécie de mea-culpa durante o I Encontro Nacional pela Paz no Futebol, realizado nesta sexta-feira no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Em painel sobre a responsabilidade dos clubes na violência nos estádios, Eurico elogiou as torcidas organizadas, mas disse ter cortado benefícios por conta de casos de violência.
— As torcidas organizadas são fundamentais para uma partida, elas que fazem a festa. Alguns elementos infiltrados usam redes sociais para marcar confrontos e se criou uma situação fora de controle. Não tenho sala de torcida no clube, não dou ingresso. Já fiz, mas não faço mais — afirmou.
Eurico, por outro lado, criticou a penalização dos clubes por conta de atos de torcedores. Nesta sexta-feira, o STJD puniu o Vasco com a perda de um mando de campo por conta de um morteiro atirado por torcedores no gramado de São Januário, após a derrota diante do Cruzeiro. O presidente vascaíno afirmou que está empenhado em resolver o problema da violência.
— Tenho policiamento, cabine para vigiar a torcida... Às vezes tenho mais gente de segurança do que torcedor.
Mais cedo, em outro painel no Encontro Nacional pela Paz no Futebol, o ex-comandante do Gepe Coronel João Fiorentini havia lembrado a confusão recente envolvendo Bernardo, que chamou jogadores para brigar em São Januário. O atacante acabou tendo seu contrato suspenso pelo clube. Torcedores do Vasco estiveram envolvidos em outros episódios de violência neste ano.
No último mês, o flamenguista Luiz Fernandes de Souza Patrocínio, de 38 anos, foi espancado em Mesquita, na Baixada Fluminense, por vascaínos. Em fevereiro, mais de 120 torcedores de Vasco e Fluminense foram detidos por conta de brigas antes do clássico entre as duas equipes, no Estádio Nilton Santos, pela Taça Guanabara. A partida foi vencida pelo Vasco por 1 a 0.
Fonte: O Globo Online