Está longe de ser novidade para o Vasco se sentar no banco dos réus do Superior Tribunal de Justiça Desportiva por causa de incidentes envolvendo sua torcida. Hoje, o clube será julgado devido à explosão de uma bomba dentro do gramado de São Januário, logo depois do fim da derrota para o Cruzeiro, no último dia 13. Se for considerado culpado, o time poderá perder até dez mandos de campo. Seria a terceira punição em três anos.
O cenário para hoje é pouco animador, o que também repete os episódios anteriores. Antes mesmo do julgamento houve a promessa de rigor por parte dos auditores do STJD. O artefato explodiu bem próximo aos jogadores e ao acesso ao vestiário.
Por causa do problema, o Vasco foi enquadrado no artigo 213 (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir lançamento de objetos no campo). A pena para a infração é multa de R$ 100 a R$ 100 mil. O pior é o agravante. Reza o Código Brasileiro de Justiça Desportiva que quando o objeto lançado for de elevada gravidade, o clube pode perder de um a dez mandos de campo.
O departamento jurídico do clube está voltado para a sessão de logo mais. Paulo Reis, vice da pasta, é quem deverá efetuar a defesa no tribunal. Procurado, o advogado não foi encontrado para comentar o julgamento.
Caso a punição se confirme, o Vasco perderá o direito de atuar em São Januário justamente quando mais precisa da torcida para sair da última colocação do Brasileiro. As experiências parecidas não são nada boas. Em 2013, por exemplo, o time perdeu quatro mandos de campo depois que torcedores vascaínos e corintianos brigaram nas arquibancadas do Mané Garrincha. Ao fim da competição, acabou rebaixado.
No mesmo ano, torcedores novamente entraram em conflito, dessa vez com os do Atlético Parananense. As cenas rodaram o mundo e sensibilizaram os auditores por penas exemplares. O Vasco perdeu oito mandos, o que se refletiu no começo ruim na Série B do ano passado.
Fonte: Extra Online