Pela primeira vez desde 2012, o Vasco reencontrará um dos ícones de sua última temporada vitoriosa: Diego Souza, principal jogador do Sport, adversário deste sábado pelo Campeonato Brasileiro. O ex-camisa 10 foi campeão da Copa do Brasil e vice-campeão brasileiro em 2011, deixou o clube no ano seguinte pela porta dos fundos, mas nunca se desconectou totalmente de São Januário. Em duas ações na Justiça e com milhões de reais em jogo, o elo entre as partes insiste em permanecer.
Em uma das pendências judiciais, Cruz-maltino e jogador possuem um adversário em comum. O Al-Ittihad, da Arábia Saudita, se aproveitou do clima ruim de Diego no Vasco depois da perda de um gol nas quartas de final da Libertadores, contra o Corinthians, e da fragilidade financeira dos cariocas, para contratá-lo.
O problema é que os R$ 20 mihões prometidos na transferência nunca foram pagos. Ao Vasco cabem 33% (cerca de R$ 7 mlhões), que o clube precisou recorrer à Fifa para receber. Depois de vitórias na entidade e na Corte Arbitral do Esporte (CAS), última instância da justiça desportiva, a diretoria aguarda apenas a confirmação de quando o dinheiro será depositado em sua conta.
- A ação agora está nas mãos da Suprema Corte Suíça. Mas os árabes entraram com um recurso apenas para retardar a execução da decisão do CAS. Muito dificilmente a Suprema Corte muda o que já foi decidido e, enquanto isso, estão correndo os juros sobre o valor. Acredito que ainda este ano o Vasco receberá esse dinheiro - afirmou o advogado Marcos Motta, que vem acompanhando o caso a pedido do departamento jurídico vascaíno.
Em uma ação separada, Diego Souza também reclama judicialmente de dinheiro a receber dos árabes. No caso do apoiador, o processo ainda está sob os cuidados do CAS. Outra pendência judicial que ele reclama está nas mãos da Justiça Trabalhista brasileira. O réu é justamente o Vasco. Diego cobra cerca de R$ 5,3 milhões referentes a luvas, direitos de imagem e salários atrasados. Diferentemente do duelo de logo mais, que durará 90 minutos, a briga entre o Cruz-maltino e seu ex-camisa 10 nos tribunais deverá se prolongar por muito mais tempo.
- Tivemos a primeira audiência de primeira instância cerca de um mês atrás. Fizemos a nossa defesa e esse caso ainda vai durar. Não estou preocupado com quantia, mas sim em vencer a causa. Geralmente os valores cobrados são faraônicos - explicou o vice-presidente jurídico do Vasco, Paulo Reis.
Fonte: Extra Online