Diego Souza já virou a página faz tempo, mas reservou ao Vasco um capítulo importante na sua vida: a conquista da Copa do Brasil, em 2011. Por isso, será difícil esquecer o passado, quando a Cruz de Malta estiver no caminho do jogador do Sport neste sábado, às 16h30, na Arena Pernambuco.
Vem do Vasco também uma das piores lembranças da carreira. Na briga com o Corinthians por uma vaga na semifinal da Libertadores de 2012, Diego Souza entrou livre na área, mas Cássio espalmou para escantreio. Nos minutos finais, Paulinho fez o gol que garantiu a vitória do clube paulista por 1 a 0 e a frustração eterna de Diego.
Confira abaixo a entrevista feita por e-mail.
Você tem amigos no Vasco?
No Vasco fiz uma amizade muito sincera com todos os funcionários do clube. Sempre fui tratado com muito carinho e respeito e por isso serão para sempre considerados amigos. Além deles, joguei junto com o Eder Luis, o Luan e o Dagoberto.
Qual é a melhor lembrança que tem do Vasco? E a pior?
Sem dúvida, a melhor lembrança que tenho no Vasco foi a conquista da Copa do Brasil em 2011. Era um elenco muito guerreiro. O pior momento foi a eliminação da Libertadores.
Tem algum significado para você enfrentar o Vasco?
O Vasco é um clube que aprendi a ter muito carinho e certamente ficará para sempre no meu coração. Mas sou profissional e hoje só penso no Sport.
Já se sente ídolo do Sport?
Para se tornar ídolo em clubes é preciso ganhar títulos e é isso que estamos trabalhando para conquistar aqui. O Sport está montando um elenco muito forte para a temporada e acredito que os torcedores terão motivos para sorrir no final do ano.
Foi ruim a experiência no Al-Ittihad, onde ficou pouco tempo, e no Metalist, últimos clubes do exterior com os quais teve contrato?
No Al-Ittihad passei por aquela situação desagradável de trabalhar e não receber. É uma coisa muito triste quando pessoas te prometem coisas que não podem cumprir e você precisa adotar medidas legais para resolver o problema. Felizmente, aquele período ficou para trás e vivo um momento muito feliz no Sport. No Metalist, tive momentos felizes, e fizeram tudo que acordaram comigo. O que me fez retornar ao Brasil foi aquele cenário de guerra que a Ucrânia viveu. Era um momento de incertezas e insegurança para todos no país.
É verdade que esteve próximo de voltar para o Vasco nesse ano?
Não fiquei sabendo de nenhuma proposta oficial. Todas as notícias que tomei conhecimento sobre meu nome em relação ao Vasco foi através da imprensa.
Acha que tem condição de brigar pela artilharia?
Minha função nunca foi ser artilheiro. Sou meia de origem, mas que chego sempre ao ataque, e claro que, sempre que houver a chance, vou finalizar e tentar o gol.
Acha que o Vasco corre o risco de cair?
No Brasileiro, qualquer equipe pode passar por esse risco de rebaixamento, porque estamos falando de uma competição muito equilibrada. Qualquer equipe deve tratar cada partida como uma decisão de campeonato. Pontos desperdiçados no início podem fazer falta lá na frente.
Sport e Ponte Preta são os únicos clubes que ainda não perderam. Acredita que essas equipes podem mesmo surpreender? O Sport é candidato ao título?
O Campeonato Brasileiro é o mais equilibrado do mundo. Todo ano cerca de oito ou 10 equipes surgem como possíveis candidatas ao título. Temos que pensar jogo a jogo. Espero que o Sport mantenha esse bom momento e possa terminar a temporada brigando pelas primeiras posições da tabela.
Está acompanhando o escândalo no futebol mundial, que decretou a renúncia do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e a prisão de cartolas como José Maria Marin, ex-CBF?
Acho que é um bom momento para moralizar o futebol. Os culpados têm que pagar. As pessoas passarão a pensar duas vezes antes de fazer qualquer coisa em benefício próprio e em prejuízo ao futebol.
Qual a melhor fase da sua carreira?
Posso citar três fases como especiais para mim: meu início no Grêmio; os anos de 2008 e 2009 com o Palmeiras; e toda minha passagem pelo Vasco. E esse momento aqui no Sport também tem sido muito bom pra mim.
Fluminense, Flamengo ou Vasco? Qual clube do Rio marcou mais a sua vida?
Por tudo que conquistei e pelo carinho que a torcida sempre demonstrou comigo, vou citar o Vasco como mais marcante no futebol carioca.
A que atribui sua boa fase?
São diversos fatores que influenciam na boa fase de um jogador de futebol. No meu caso, atribuo à família, a minha adaptação à cidade e a excelente estrutura que o Sport me oferece no dia a dia.
Qual o melhor treinador que já teve na carreira?
Essa pergunta é difícil, mas vou citar Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo.
Como está sendo a experiência de morar em Recife?
A cidade é excelente, as pessoas são receptivas, a cultura é muito bonita e as características da cidade lembram muito minha cidade de origem, o Rio de Janeiro.
Acha que o Brasil, sem Neymar, passa pela Venezuela?
Sem dúvida alguma.
Algum clube do Rio deve dinheiro a você?
Risos. Isso faz parte. Deixo esse assunto com meu advogado e meu empresário.
Fonte: Blog Extracampo - Extra Online