90% dos gols sofridos pelo Vasco no Brasileiro foram de dentro da área

Terça-feira, 16/06/2015 - 12:13
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Não é só a falta de gols no ataque que explica a má fase do Vasco no Brasileirão. A insegurança do setor defensivo é uma das responsáveis pelo time de Doriva não ter vencido sequer um jogo e ser frequentador assíduo da zona do rebaixamento - terminou entre os quatro últimos em quatro das sete rodadas disputadas. Com 12 bolas na rede, a proteção da defesa, antes sinônimo de segurança, virou ponto fraco. É o que tem o pior desempenho da competição. E mostra um dado preocupante: 90% dos tentos foram feito de dentro da área.

De campeões e donos de uma das zagas menos vazada no Carioca (O Gigante da Colina levou 14, e o Flamengo, com dois jogos a menos, dez), Luan e Rodrigo, os comandantes do setor, agora sofrem no Brasileiro. Os zagueiros atuaram em todas as partidas: não vazaram em duas delas e em outras três sofreram três gols. É verdade que houve mudança no gol (Martín Silva atuou em quatro duelos, depois deu lugar a Jordi e a Charles) e nas laterais (Christiano machucou e foi substituído por Julio Cesar na esquerda). Pouco para tamanho retrocesso.

Rodrigo, por exemplo, culpa a má fase. São quatro derrotas consecutivas. Até o Joinville, lanterna da competição, é melhor: levou 11 gols.

- Podemos jogar bem, mas um lance da equipe deles nos complica. Às vezes, o adversário dá um chute e marca - disse após o 3 a 1 adverso diante do Cruzeiro.

Mas tem mais. Exemplo: apenas dois gols foram de bola parada. Dos outros dez, só um de fora da área. Os números indicam, portanto, a facilidade de o adversário se aproximar à meta vascaína. Os marcadores, normalmente, são facilmente envolvidos. Basta ver que o time é o último entre os 20 do torneio em desarmes (quando o marcador corta um passe, por exemplo, evitando a progressão do rival): são apenas 107.

Nem mesmo as mudanças de Doriva evitaram o pior. Na derrota para a Raposa, o treinador escalou três volantes. Não adiantou. Pior: os zagueiros Luan e Rodrigo se adiantaram pois os meias não conseguiam armar as jogadas. O que desarrumou o setor (veja no vídeo abaixo).

- O título carioca foi importante, jogamos contra times de Série A. Mas o Brasileiro é diferente. A dificuldade é o campeonato mesmo - comentou Thalles ao explicar a necessidade de melhora do Cruz-Maltino.

Em 19º com três pontos, o Vasco se prepara para enfrentar o Sport, sábado, no Recife. O rival é o terceiro colocado, com 15 pontos.

Os 12 gols sofridos

- 2 de bola parada (falta e pênalti)
- 10 de bola rolando (nove dentro, um fora da área)

Fonte: GloboEsporte.com