Na tentativa de melhorar os péssimos resultados no futebol, o Vasco também tem dado de canela em outro campo, o do marketing. Desde o dia 9 que o clube esconde sua marca e a de seus patrocinadores, ao fechar treinos e vetar as entrevistas coletivas do elenco. Uniformes, placas publicitárias, marcas estampadas no painel publicitário localizado na sala de imprensa, tudo isso são espaços que foram comercializados e atualmente não têm a visibilidade prometida.
Em tempos de vacas magras, a prospecção de patrocínios que possam gerar novas receitas é um das tarefas mais vitais no clube. O departamento de marketing vascaíno admite que o ideal é a maior exposição, mas garante que o cenário atual de reclusão não terá maiores consequências na relação entre o clube e os parceiros.
- Logicamente, quanto mais a marca for exposta, é melhor. Mas entendemos que o momento do Vasco pede algo diferente, com o grupo mais fechado - afirmou Bernardo Pontes, diretor de marketing do Vasco. - Isso é algo momentâneo, tenho certeza de que logo vai acabar. Nossos parceiros estão entendendo nossa necessidade pontual.
Procurada, a Caixa Econômica Federal preferiu não se pronunciar. Já a Viton 44 e a Umbro disseram apoiar as decisões do clube.
O isolamento sem previsão para acabar não parte nem do marketing e nem do departamento de futebol, mas sim do presidente Eurico Miranda. A expectativa era a de que, com um triunfo sobre o Cruzeiro, o clube fosse reaberto. Antes da derrota, ontem e hoje o treino permanecerá fechado à imprensa.
- Se isso for pontual, o efeito é limitado. Se não, todo cuidado é pouco. O mercado está ruim, quem não tem patrocinador, quer tirar o de quem tem - alertou Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria.
Fonte: Extra Online