Já foi o tempo em que ser campeão estadual era sinônimo de começar o Campeonato Brasileiro com moral e jogando um bom futebol. Nestas primeiras sete rodadas de Série A, das seis equipes que triunfaram em seus domínios regionais, três delas (Vasco, Santos e Joinville) estão na zona de rebaixamento. Completam a lista dos campeões estaduais, o Atlético-MG (6º), Goiás (13º) e Internacional (14º). O Colorado ainda pode justificar o desempenho abaixo da expectativa em função da Copa Libertadores, tratada como uma prioridade pelo clube nesta temporada.
No Rio, Doriva ainda não conseguiu dar ao Vasco o volume de jogo que o sagrou campeão carioca em 2015 e está pressionado no cargo. A situação é semelhante à do Santos. Campeão paulista, Marcelo Fernandes não superou a barreira de interino e viu o clube quase acertar o retorno de Oswaldo de Oliveira. O Comitê Gestor barrou a contratação de Oswaldo.
Ser campeão estadual também não significa estabilidade no cargo. Hemerson Maria faturou o catarinense e perdeu o emprego no Brasileiro. Até aqui, sete treinadores "dançaram". Além de Hemerson, Ricardo Drubscky (Fluminense), Felipão (Grêmio), Marcelo Oliveira (Cruzeiro), Oswaldo de Oliveira (Palmeiras), Vanderlei Luxemburgo (Flamengo) e Marquinhos Santos (Coritiba) não resistiram.
Em 11 temporadas no sistema de pontos corridos, em apenas quatro oportunidades o campeão estadual conseguiu triunfar na elite do futebol nacional: Cruzeiro (2003 e 2014), Flamengo (2009) e Fluminense (2012).
Por outro lado, nas mesmas 11 competições, nove times que foram campeões estaduais acabaram rebaixados no fim do Brasileirão: Fortaleza (2003), Vitória (2004 e 2010), Paysandu e Brasiliense (2005), Figueirense (2008), Sport (2009), Ceará (2011) e Bahia (2014).
Fonte: O Dia Online (texto), Reprodução Internet (foto)