Casaca emite nota sobre entrevista recente de Eurico

Domingo, 14/06/2015 - 07:58
comentário(s)

Veadagem

“Eu não tenho e nem nunca tive nada contra gay. Eu tenho contra ‘veado’. Gay é uma opção, ‘veado’ é o que faz ‘veadagem’. Eu sou contra ‘veado’. E o ‘veado’ não precisa ser gay para ser ‘veado’”.

Esta foi a fala do Presidente Eurico Miranda em programa de rádio na semana que passou.

Aproveitando-a, quiseram criar polêmica Não deveriam, mas nós sabemos o motivo. A campanha é enorme desde que o Vasco se tornou campeão estadual. Há uma revolta explícita nos meios de comunicação contra esta conquista inesperada. Há, também, um desejo implícito renovado (pois nos remete a anos anteriores) de ajudar a implodir tudo no clube. Então qualquer coisa é motivo.

Assim, seguindo o script, o site band.com.br foi escutar a opinião da Presidente da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ. A senhora disse o seguinte:

“Ele está equivocado. Ele diz que respeita o gay que se comporta como o homem estereotipado e está atacando aqueles que têm o comportamento mais afeminado. As pessoas têm a liberdade de ser como querem ser. Foi uma declaração altamente preconceituosa”.

Em nosso entendimento, a doutora é que se equivocou. Ela não entendeu o que foi dito, muito menos no contexto “Todos contra ele”.

Nos parece que Eurico quis dizer que não tem nada contra opções sexuais. Ponto. Quando ele fala em “veadagem”, já não mais está se referindo a opções sexuais. Se ela quiser entender, pode se ater ao histórico (recente, que seja) das atitudes da imprensa sempre que ele fala alguma coisa. Sempre, com raras exceções, tenta-se criar a intriga. A própria reportagem na qual a senhora opina é neste sentido: criar intriga.

Criar intriga, ou se tentar jogar todos contra ele a fim de atingir a imagem do indesejado Vasco vencedor, nada tem a ver com opção sexual. Mas claro está que se trata de veadagem. Mentirinha de perna curta é veadagem. Torcer contra o clube é veadagem. E isso, também claro está, em nada atinge a respeitada comunidade LGBT que um dia, esperamos nós, deixará de ser comunidade e se tornará parte da sociedade sem precisar assim se organizar, em função das violências que sofre.

Por outro lado, talvez esteja na hora de se criar na OAB a Comissão para Defesa dos Politicamente Incorretos. São aqueles sujeitos que emitem opinião não muito adequadas aos direcionamentos com os quais a classe dominante e a mídia pretendem conduzir o seu gado de cada dia.

CASACA!

Fonte: Casaca