Sem vencer há oito partidas (seis pelo Campeonato Brasileiro e duas pela Copa do Brasil), o Vasco recebe o Cruzeiro, em São Januário, neste sábado, às 21h, pressionado por estar na zona do rebaixamento. Em 1995, o clube carioca vivia uma fase parecida, não vencia há sete partidas, e contou com a ajuda de um ídolo, que ainda iniciava a carreira. Pedrinho, meia que participou da conquista da Libertadores de 1998 e dos Brasileiros de 1997 e 2000, esteve em campo no dia 14 de outubro de 1995, quando o Gigante da Colina venceu, de virada, a Raposa por 3 a 2, no Mineirão.
Com apenas 18 anos, Pedrinho subiu pelo time profissional após um pedido de Zanata, técnico que havia trabalhado com o jovem nas categorias de base. O jogador entrou em um time que contava com Carlos Germano, Ricardo Rocha, Pimentel e Luzinho, jogadores que, segundo ele, foram muito importantes na sua transição para o elenco principal.
- Eu tinha passado por toda base do Vasco, e o Zanata, que era o treinador da equipe júnior, assumiu o profissional. No seu segundo jogo como treinador profissional, ele já me subiu (...). O time tinha o Ricardo Rocha, o Carlos Germano, o Luizinho e o Pimentel, que foram jogadores que sempre me ajudaram bastante. Foram jogadores que tiveram mais paciência e sabiam do momento do Vasco - disse ao "É Gol!!!".
O Cruzeiro saiu vencendo a partida por 2 a 0, com gols de Roberto Gaúcho e Marcelo Ramos. Ainda na etapa inicial, Marcelo teve uma cobrança de pênalti, mas acabou chutando a bola no travessão. Segundo Pedrinho, havia pressão sobre o Vasco e poucos acreditavam em uma virada.
- Esse jogo foi uma situação surpreendente, pois estávamos perdendo por 2 a 0, e a pressão estava enorme. Apesar de ter vivido muito tempo no Vasco, eu não estava acostumado. Eu tinha acabado de fazer 18 anos (...). Não podíamos sofrer a oitava derrota seguida e o jogo se desenhou uma forma complica para o Vasco.
Coube ao artilheiro Valdir comandar a virada cruz-maltina. Com dois gols do camisa 7 e um de Ricardo Rocha, o Vasco virou o placar e voltou para o Rio de Janeiro com o triunfo. A presença do meia em campo, para o time carioca, sempre era uma grande esperança de gols.
- O Valdir sempre foi um artilheiro nato. A gente sempre tinha esperança que, independente da situação da partida, em algum momento ele poderia fazer um gol. Era um jogador que estava sempre dentro da área, ele incomodava sempre os adversários (...). Quando a gente fez o segundo, percebemos que o Cruzeiro havia se perdido. Era praticamente obrigação do Cruzeiro vencer essa partida pela nossa fase.
Confira como os times entraram em campo:
Cruzeiro: Dida; Paulo Roberto (Luiz Fernando), Géson Baresi, Rogério Morais e Nonato; Belletti (Ademir), Fabinho, Alberto; Roberto Gaúcho, Marcelo Ramos (Sotelo) e Paulinho McLaren. Técnico: Ênio Andrade.
Vasco: Carlos Germano; Pimentel, Ricardo Rocha, Alex Pinho e Sidnei; Luizinho, Charles Guerreiro, Nelson e Pedrinho (Zinho); Marcelo Carioca (Juninho Pernambucano) e Valdir. Técnico: Zanata.
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Fonte: Sportv.com