Em reunião na sede da Confederação Brasileira de Futebol, na última segunda-feira, mais uma vez Eurico Miranda roubou as atenções. Fazendo discursos a todo momento na conversa, interrompendo assuntos e falando alto, o presidente do Vasco ainda protagonizou um bate-boca com Mario Celso Petraglia, mandatário do Atlético-PR, durante o encontro.
Enquanto o paranaense foi o único a se posicionar a favor da criação de uma Liga na frente do presidente Marco Polo Del Nero, o dirigente cruzmaltino foi justamente pelo lado oposto, indo contra uma organização paralela à CBF e começou com provocações ao par em cima do tema, desafiando a possibilidade de existir de uma associação de clubes sem a sua presença.
Petraglia não gostou de a todo tempo ser alvo e decidiu responder, dizendo que Eurico não entendia nada de gestão do futebol, que era um péssimo comandante e que não tinha o respeito de ninguém, fazendo questão, no entanto, de preservar a instituição do time carioca enquanto atacava o colega.
O discurso deixou o vascaíno ainda mais irritado, continuando suas provocações durante a reunião. Mas tomou uma bronca e teve de se segurar.
"Eu não aguentava mais. A reunião já tinha não sei quantas horas e ele não parava. Já tinha tido esse bate-boca com o Petraglia, já tinha provocado o Eduardo Bandeira, já tinha falado demais. E eu apenas me levantei e disse que eu tinha muita coisa pra fazer, que estava perdendo um dia de trabalho e que não estava lá para ouvir as provocações de Eurico a todo mundo", disse Rogério Bacellar, presidente do Coritiba, em contato com a reportagem.
"Era uma coisa que estava irritando a todos. Depois desse momento, melhorou e a reunião andou. Ele veio falar comigo depois, falar que era o jeito dele... Enfim... E foi isso", completou.
A reunião serviu para falar sobre algumas mudanças que a CBF vai fazer em seu estatuto nesta quinta-feira, em assembleia geral com a presença das federações estaduais.
Pelo que foi comunicado na segunda, a entidade vai dar mais poder aos clubes nas decisões gerais dos campeonatos, sobre seus formatos e datas, por exemplo, retirando um veto que hoje existe no regulamento interno, que dizia que a última palavra tinha sempre que ser do presidente.
Com essa postura, Marco Polo Del Nero praticamente acabou com a possibilidade de criação de uma Liga neste momento, esvaziando o encontro que estava marcado para acontecer logo em seguida ao encontro.
Eurico Miranda foi procurado pela reportagem, mas não respondeu às ligações.
Fonte: ESPN.com.br