Doriva tem reencontro neste sábado com Atlético-PR, onde foi técnico em 2014

Sábado, 06/06/2015 - 13:37
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Dois títulos estaduais e um ponto fora da curva. Em uma temporada e meia como treinador, Doriva escreveu seu nome nas histórias de Ituano e Vasco. Primeiro pela relevância de conquistar o Campeonato Paulista no comando do time de Itu. Depois por acabar com o jejum cruz-maltino de 12 anos sem taças no Rio. Entre os dois momentos de glória, uma curta passagem pelo Atlético-PR. Neste sábado, o treinador reencontra seu ex-clube pela primeira vez após a demissão. E não esconde que saiu por causa de interferências da diretoria - principalmente do presidente Mário Celso Petraglia.

- Tenho amigos até hoje no clube, mas naquele momento eles queriam uma marionete, não um treinador. E eu não era marionete - resumiu Doriva no desembarque do Vasco em Curitiba.

Foram pouco mais de dois meses no comando do Furacão, entre junho e agosto de 2014. Em oito jogos, Doriva acumulou três vitórias, dois empates e três derrotas. Aproveitamento de 45,8% dos pontos disputados. O adversário deste sábado, na visão do treinador vascaíno, é um clube difícil de se trabalhar.

- Foi uma tomada de decisão precoce da diretoria. Fiquei apenas oito jogos com um aproveitamento perfeitamente normal em uma competição como o Campeonato Brasileiro. Mas a diretoria optou pela saída. Foi mais uma questão de incompatibilidade e interferência mesmo. O Atlético-PR é um clube complicado, difícil de trabalhar - opinou.

Doriva até teve um início promissor, com vitórias sobre Flamengo fora e Criciúma na Arena da Baixada. Depois, porém, o time só venceria mais uma partida (2 a 0 sobre o Botafogo em casa). A demissão ocorreu após o empate sem gols com o Bahia na 17ª rodada do Brasileirão. Leandro Ávila, tricampeão carioca pelo Vasco, era auxiliar técnico do Atlético-PR durante a passagem do treinador por Curitiba e assumiu interinamente o comando da equipe. Na visão dele, a demissão foi lamentável.

- A gente nunca sabe o que passa na cabeça de um dirigente. O Doriva é muito bom profissional, além de ser excelente pessoa. É um cara que gosta de conversar com jogador, gosta de marcação forte e de jogar para frente, como o Eurico quer. Os jogadores gostavam muito dele - disse em entrevista ao GloboEsporte.com em dezembro de 2014.

O Atlético-PR atual tem várias mudanças em relação ao time comandado por Doriva há quase um ano. Apenas o goleiro Weverton, o lateral-esquerdo Natanael e talvez o atacante Cléo, titulares na época, devem jogar na noite de sábado. Outros jogadores que já estavam no clube, como Deivid, Léo Pereira e Marcos Guilherme, estão fora o primeiro se recupera de lesão e os outros dois estão com a Seleção brasileira sub-20 que disputa o Mundial da categoria.

Vários outros, porém, já nem frequentam mais o CT do Caju. É o caso de Sueliton, Dráusio, João Paulo e Marcelo - que deixaram o clube no final do ano passado. O time da despedida contra o Bahia teve Weverton; Sueliton, Dráusio, Cleberson e Natanael; Deivid, João Paulo, Bady e Marcos Guilherme; Marcelo Cirino e Cléo. O provável Furacão para o jogo deste sábado tem Weverton; Eduardo, Gustavo, Kadu e Natanael; Otávio, Hernani, Nikão e Giovanni (Cléo); Douglas Coutinho e Walter.

Atlético-PR e Vasco se enfrentam neste sábado, às 22h (de Brasília), na Arena da Baixada, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. O Furacão lidera a competição com 12 pontos. Já o Cruz-Maltino é apenas o 18º, com três pontos.

Fonte: GloboEsporte.com