Nota da Oposição: Preço é o que você paga, valor é o que você recebe
Temos tido uma série de problemas relacionados a público, neste início de Campeonato Brasileiro e, também na Copa do Brasil. A administração do nosso clube alega de tudo um pouco.
Para deixar claro, nos dois jogos da Copa do Brasil, acumulamos um prejuízo de (R$ 176.132,73) e no Campeonato Brasileiro, nos dois jogos em nossa casa tivemos 6.628 pessoas pagantes contra o Goiás que nos rendeu líquido R$ 15.880,12 e 4.520 pessoas pagantes contra o Internacional que nos rendeu líquido R$ 680,00, este último, inclusive, o menor público da rodada.
A maioria de nós sabe que a definição de um preço depende de muitos fatores, mas, basicamente, do custo; de uma possível limitação de entidades reguladoras do mercado; do preço praticado pelos concorrentes; e, obviamente da margem ou lucro que se deseja atingir. Entretanto, valor é completamente diferente e varia de pessoa para pessoa. Depende da necessidade, satisfação e utilidade para cada um.
E é neste ponto que devemos chegar. O próprio presidente do CRVG, por ocasião do campeonato Carioca de 2015, sugeriu e “brigou” para que os preços das partidas tivessem um patamar reduzido, ou promocionais, como uma estratégia de atrair mais público aos estádios.
Entretanto, para surpresa de todos, para o Campeonato Brasileiro, nos parece que ele mudou de opinião. O esporte deixou de ser popular, pois, diferentemente do Campeonato Carioca, ele tem a possibilidade de escolher cobrar menos, mas não o faz. Uma incoerência total.
Foi uma preocupação de fato com a nossa torcida ou somente mais uma estratégia política para com os adversários?
O valor mínimo a ser cobrado, conforme o Regulamento Específico da Competição do Campeonato Brasileiro de 2015, disponível no site da CBF, dispõe em seu artigo 15 (veja aqui) que o valor mínimo do ingresso será de R$40,00 (quarenta reais), com meia-entrada a R$ 20,00 (vinte reais).
Ora, uma entrada na social a R$ 120,00 (cento e vinte reais) soa estranho nesta lógica. O clube como desculpa pode alegar que o sócio paga R$30,00 (trinta reais) em qualquer lugar do estádio, inclusive na social, pode, também, alegar ser uma estratégia para convencer o torcedor a se tornar sócio, já que, nessa condição, passaria a pagar 1/4 do preço.
Por outro lado, como irão fazer aqueles torcedores que por motivos financeiros não conseguem manter uma mensalidade? E aqueles que foram defendidos no Campeonato Carioca? E as famílias de vascaínos?
Mas, é justamente nesse ponto que entra o tal do valor: o valor agregado; do desempenho do time; do horário da partida; da expectativa de ver o(s) craque(s); da logística; das instalações; e, principalmente, das promoções.
Ademais, supondo que o clube não tenha sido ouvido por ocasião da elaboração da tabela do Campeonato Brasileiro, que marcou o jogo contra a Ponte Preta, em São Januário, numa quarta-feira, às 19h30m, um horário de trânsito pesado na Cidade, além de véspera de feriado, dificultando a ida dos sócios e torcedores, deveria a administração do Clube, em compensação, atuar pensando nessas dificuldades, lançando um preço promocional que atraísse ao menos um razoável público à partida.
Chama nossa atenção, ainda, os péssimos horários em que estão sendo marcadas as partidas do nosso Clube, como a de hoje, e a do próximo sábado, às 22h.
Cabem, então, os seguintes questionamentos ao presidente do nosso clube: onde estão as promoções e benefícios para premiarmos de fato os vascaínos que nos ajudam em todos os momentos? Onde está o plano de sócios condizente com o tamanho e a diversidade de nossa torcida presidente?
Para se discutir e reavaliar o atual desequilíbrio da distribuição das cotas de TV com muito mais força, antes de tudo, entendemos que será preciso atuar para que deixemos de ser subservientes a ela.
SOMOS VASCO!
Fonte: Cruzada Vascaína
