Aniversariante no último dia 28, o técnico Doriva atravessa duro inferno astral. No período posterior ao título de campeão estadual, que coincidiu com o do mês em que completou 43 anos, o treinador viu sua realidade em São Januário mudar da água para o vinho. Os elogios da torcida se transformaram em vaias. Os gols foram embora e a defesa, antes fechada, resolveu abrir os braços para os ataques rivais. O resultado disso é matemático: seu aproveitamento caiu para 23% dos pontos disputados.
Em São Januário, o presidente Eurico Miranda adota uma política de poucas mudanças na comissão técnica. Talvez por isso ainda haja estabilidade para Doriva no cargo. Em sete jogos desde a final contra o Botafogo, foram cinco empates e duas derrotas. Cinco pontos conquistados em 21 possíveis. Sete gols sofridos nos últimos três jogos. Apenas dois gols marcados nas sete partidas como campeão estadual.
O estilo de jogo da equipe não tem mais surtido efeito. A marcação não é mais tão cerrada, especialmente no meio de campo, e as jogadas de bola parada, ponto positivo no começo do ano, deixaram de ser um recurso ofensivo eficiente. Durante as partidas, Doriva tem tido dificuldades para mudar o panorama em campo. Ainda assim, ele garante que segue tranquilo para trabalhar.
- Não falei com ninguém da diretoria. Estou tranquilo, fazendo meu trabalho, mas as coisas não ocorreram como imaginávamos. A derrota foi lamentável. Não fomos bem, independentemente das circunstâncias do jogo - admitiu.
Na próxima rodada, o Vasco de Doriva terá o Atlético-PR, líder do Brasileiro, pela frente. Doriva terá desfalques importantes. Jordi foi expulso, assim como Gilberto. Charles e Thalles devem entrar como titulares. Guiñazu também está fora, com dois cartões amarelos. Diguinho deverá ser recuado, com Lucas atuando como segundo volante.
Fonte: Extra Online