Após inaugurar um alojamento para atletas da base em São Januário, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, concedeu entrevista coletiva onde comentou a possibilidade de transferência de Emerson Sheik para o clube. O dirigente admitiu a chance e se mostrou enigmático, mas fez questão de ressaltar a política financeira que adotou no Cruzmaltino e que deseja seguir à risca.
"Se eu gostaria ou não? Não falei nada e não dei delegação a ninguém para falar por mim. Talvez. Quem sabe? Gosto de todos os jogadores, desde que se enquadrem na situação financeira do Vasco. Na minha opinião, ele teria todas as condições de vir para o Vasco, mas precisa se enquadrar na questão financeira. É preciso falar com o treinador, ver o que ele pensa. Pode ser. Mas hoje não tem nada, zero mesmo. Se eu não souber de uma negociação no Vasco, é porque ela não existe. Hoje a chance é zero, depois pode virar dez. Repito: hoje não tem nada. Mas olha a redundância: pode ser que amanhã elas comecem a começar", disse em tom misterioso.
No Corinthians, clube que já o liberou para negociar com outras equipes, Sheik recebe pouco mais de R$ 500 mil por mês, algo bem acima do teto salarial estipulado pelo Vasco, que é de R$ 150 mil. O Cruzmaltino, no entanto, já vem negociando o jogador e aposta numa redução de seus vencimentos, admitindo, como contraponto, até pagar um pouco mais que o limite imposto na folha vascaína.
Outra aposta dos cariocas é no fato de Emerson gostar do Rio de Janeiro, onde nasceu e possui residência, além do Vasco ser seu time de infância.
Apesar do interesse assumido, Eurico Miranda fez questão novamente de frisar sua política financeira, fazendo até uma analogia com o possante carro esportivo italiano Maserati.
"Tenho uma vontade enorme de um dia andar de Maserati. Mas não dá mais pra mim. Não tenho mais condição. Não adianta eu ter vontade se eu não tenho condição. Hoje eu só gosto do que posso alcançar. O que eu não posso, deixo de gostar. Aprendi isso", disse.
Fonte: UOL