Considerado uma das revelações da nova geração de técnicos, tendo sido campeão paulista e carioca em apenas um ano na profissão, Doriva vive seu primeiro momento de crise no Vasco. Os seis jogos que carrega sem vencer no Cruzmaltino marcam sua pior sequência de resultados na curta carreira.
Após trabalhar nas divisões de base do Ituano e como auxiliar, o comandante levou a conquista do estadual de São Paulo de 2014 logo em sua primeira oportunidade a frente do time profissional, numa histórica campanha que desbancou os grandes. Por lá, o máximo de tempo que ficou sem vencer foram três rodadas. Ao todo, acumulou dez vitórias, cinco empates e quatro derrotas.
O sucesso no interior paulista o levou ao Atlético-PR e, embora seu desempenho esteja longe de ter sido desastroso, deixou o clube com apenas oito jogos, também tendo como recorde negativo apenas três partidas sem um triunfo. Sua campanha no Furacão foi de três vitórias, dois empates e três derrotas.
No Vasco desde o começo da temporada, sentiu o sabor da derrota pela terceira vez no último domingo, quando sofreu um 3 a 0 para o Atlético-MG. Até aqui no Cruzmaltino, já conseguiu também 15 vitórias e nove empates.
"Temos que saber administrar o momento negativo da mesma maneira que temos que fazer isso nas vitórias. Se vencêssemos, seriam 12 jogos sem perder. Então não podemos ir para o extremo, pois o extremo na vida é muito perigoso. Temos que ter equilíbrio, trabalhar, saber que temos potencial e buscar a vitória. Vitória que nos dá tranquilidade para prosseguirmos na competição", disse o treinador, sempre sereno, lembrando da invencibilidade de 11 partidas que carregava.
No fim do mês passado, Doriva recebeu uma proposta salarial de R$ 300 mil do Grêmio, mas a recusou por acreditar no projeto que desenvolve em São Januário. Seu contrato vai até o fim do ano.
Nesta quarta-feira, o treinador comanda o Vasco contra a Ponte Preta, às 19h30, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro.
Fonte: UOL