Atual campeão carioca, o Vasco luta dentro de campo para reencontrar o caminho das vitórias e subir na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Fora dele, o departamento de marketing trabalha para reformular os planos de sócio-torcedor do clube. Em meio às barreiras burocráticas do atual contrato, o Cruz-Maltino tenta ganhar tempo. A ideia é deixar tudo pronto para quando o lançamento for possível - o contrato com a empresa que administra o banco de dados de sócios termina em novembro. Nos últimos dias, o departamento de marketing do Vasco convocou alguns sócios e torcedores para apresentar o primeiro estudo preliminar do projeto, que ainda nem foi apresentado à diretoria.
Perfis diferentes de vascaínos foram chamados para conhecer e opinar - todos assinaram um termo de confidencialidade. Torcedores de diferentes classes sociais, idades, cidades, sócios ou não e com distintos hábitos esportivos ligados ao Vasco. Os vascaínos convidados assinaram um termo de confidencialidade para evitar vazamentos de informações.
- O departamento de marketing fez um estudo preliminar e convocou torcedores de perfis diferentes para conversar. Queremos desenvolver um produto que possa alcançar grande parte de nossos torcedores. O que estamos fazendo nesse momento é ganhando tempo para ter tudo pronto quando o lançamento for possível - explicou o gerente geral de marketing do Vasco, Bernardo Pontes.
Sete meses depois de assumir a gestão do clube, ainda há entrave para o lançamento do programa. O motivo alegado pela diretoria é a indefinição por uma rescisão de contrato com a empresa que atendia a gestão Roberto Dinamite e tem direito de exclusividade para explorar o programa em São Januário - segundo informações obtidas pelo GloboEsporte.com, a multa neste caso seria inferior a R$ 500 mil - ou mais espera ainda até o fim do compromisso que termina no fim do ano. O departamento de marketing e a diretoria precisam escolher ainda a parceira que vai administrar o novo projeto. Três candidatas se reuniram com o Vasco nos últimos meses para apresentar os seus modelos: a CSM, que trabalha com o Flamengo e estimou teto de 40 mil sócio-torcedores até o fim do ano, a Futebol Card e a BWA.
A empresa que atualmente administra o banco de dados do clube, faz a cobrança e produz relatórios para o departamento de marketing é a Microtag. Em 2012, após ação na Justiça em que cobrava indenização milionária por quebra contratual - anos antes, no início da gestão Dinamite, a SVI, mesmo com contrato assinado, foi preterida pela Torcedor Afinidade -, a empresa, um braço da SVI, fez acordo com a diretoria para receber cerca de R$ 1,3 milhão. Foi definido que o vínculo iria até novembro de 2015. A multa para nova quebra de contrato é calculada de acordo com os meses restantes de contrato e o que a empresa recebe mensalmente do clube.
Atualmente, o Vasco tem apenas três categorias de sócios - houve reajustes no início de 2015 e os valores ficaram em R$ 30 para o plano sócio "vascaíno de coração" (antigo "Vasco é meu"); sócio-geral, R$ 40, e sócio-proprietário, R$ 55. As duas últimas categorias têm benefício de pagar 50% nos ingressos e direito a voto. A ideia é aumentar as categorias e os benefícios, principalmente para torcedores de fora do Rio.
Fonte: GloboEsporte.com