Sonhar não custa nada, mas com teto salarial. Parece letra de samba-enredo. Na verdade, é o lema que a administração Eurico Miranda garante que vai seguir na temporada. Enquanto torcedores sonham com nomes de peso como de Diego Souza, Emerson Sheik e Luis Fabiano, a realidade passa pela espera da resposta por Riascos. O atacante do Cruzeiro viajou para Buenos Aires com a deleção da Raposa e deve dar resposta ao Vasco nos próximos dias.
Com folha salarial considerada baixa na Série A do futebol - cerca de R$ 3 milhões -, a diretoria não abre mão do teto salarial imposto no início da temporada para contratações. Atenta ao mercado, o limite de R$ 150 mil para contratações será respeitado, garantem os dirigentes vascaínos, o que praticamente inviabiliza jogadores renomados, caso de Emerson Sheik. Em fim de contrato com o Corinthians, Sheik, de 36 anos, recebe mais de R$ 500 mil no time paulista. Pela diferença de valores, a diretoria do Vasco, apesar de ter interesse no reforço de peso, não acredita na negociação.
- Seria um nome de impacto, sem dúvida, mas não vamos sair do nosso teto. Não pagamos nem R$ 200 mil. Se ele aceitasse isso... - diz um dirigente vascaíno, descrente das chances de um acordo pelo polêmico jogador corintiano.
A contratação de Dagoberto, que recebe bem acima do teto salarial vascaíno, só saiu porque o Cruzeiro paga a maior parte dos vencimentos. No caso de Riascos, o acordo seria semelhante. Ano passado, no Botafogo, Sheik tinha todo seu salário pelo Timão.
A busca por um meia de ligação segue como prioridade no Vasco. Guardados a sete chaves, os nomes estão sendo sondados para o desenrolar das negociações. Diego Souza, um dos sondados, é considerado impossível no momento. O jogador ainda entrou com ação em que cobra R$ 5,3 milhões do clube na Justiça. Outro nome que o Vasco tinha expectativa de contratar e também esbarrou na pedida é o de Fellype Gabriel. O presidente Eurico Miranda comentou a rodada de negociações e admitiu que não podia pagar o que o atleta queria.
- Sempre temos um nome para contratar. O problema é a gente enquadrá-lo (na nossa folha). Eu tive um caso agora recente, do Fellype Gabriel. Nós tínhamos interesse em ele fazer um contrato com o Vasco. Só que a pretensão salarial dele era muito alta - disse o presidente do Vasco.
Fonte: GloboEsporte.com