Posição carente no futebol brasileiro, o camisa 10 cerebral hoje passa pela improvisação de um renomado atacante. Dagoberto estreou no Vasco com a 11, mas assumiu a camisa que já foi de Roberto Dinamite e Edmundo na final do Carioca e agradou ao técnico Doriva. O treinador vai manter o jogador nessa função e espera melhora de perfomance do setor ofensivo com a contribuição de Dagoberto no meio de campo.
Com poucas chances criadas nas últimas partidas - desde o início do ano, aliás, a principal virtude do Vasco é a bola parada em cobranças de falta e escanteios -, o time pode ganhar com a "lucidez" de Dagoberto. É o que espera o técnico Doriva. Para ele, o novo posicionamento do jogador de 32 até evita um desgaste maior na marcação. No atual esquema, é Rafael Silva quem faz a função de acompanhar lateral e marcar mais no meio de campo e no campo de defesa.
O rodízio no setor - Marcinho começou o ano, depois Jhon Cley assumiu a camisa até chegar a Dagoberto - pode levar à primeira oportunidade para o primo do mais famoso camisa 10 do futebol mundial. O treinador avalia dar chance para Emanuel Biancucchi, primo de Lionel Messi, que foi contratado durante o Carioca, mas ainda não estreou pelo Vasco.
- Nessa função no meio o jogador precisa ser o cerébro do time, ter mais lucidez. Dagoberto tem qualidade diferenciada e hoje as opções que temos são essas. Tentamos antes com Marcinho, com o Jhon Cley e temos ainda o Emanuel, que pode ser uma possibilidade nessa posição. E agora estamos tentando com Dagoberto em função diferente da que ele fazia. A ideia é usar a qualidade dele, mas sem tirá-lo de perto do gol. Ali ele pode render muito, pode dar passe para gol. É um jogador lúcido e acho que assim a gente acaba que consegue protegê-lo um pouco porque não precisar participar tanto das funções defensivas. Estou feliz com o rendimento dele, contra o Goiás já foi melhor e creio que a produção dele vai aumentar gradativamente - disse o treinador do Vasco.
Fonte: GloboEsporte.com