No início do ano, o Vasco viveu uma transição entre a antiga gestão de Roberto Dinamite e a atual de Eurico Miranda. As mudanças da nova diretoria mexeram também com o departamento médico de São Januário. Sob o comando do vice-presidente médico Egas Manoel Fonseca, a área foi reformulada para 2015 a fim de colocar em prática um projeto especial: o Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo (CAPRRES). A coordenação de fisioterapia ficou por conta de Alex Evangelista, que estava no Santos e recebeu propostas do Palmeiras. O profissional já havia passado pelo clube em dois períodos, entre 2003 e 2005 e em 2006. No Brasil, trabalhou com jogadores como Seedorf e Robinho.
Inspirado na metodologia de clubes ingleses como Chelsea, Manchester City e Arsenal, o CAPRES tem como objetivo ser mais completo que o famoso Reffis, do São Paulo. O projeto é completo, e conta com uma assistência física, fisiológica e fisioterápica aos jogadores como também um auxílio psicológico e nutricional, tudo isso amparado com o que há de mais moderno em termos de tecnologia. Nesta segunda-feira, Alex Evangelista participou do Show do Apolinho e explicou o trabalho que está sendo feito no Vasco.
"Em primeiro lugar, queremos estabelecer a saúde do jogador. Temos que fazer todas as avaliações necessárias desde o início da temporada ou assim que o atleta chega ao clube. A avaliação é feita com equipamentos de ponta. O Vasco tem equipamentos muito modernos. Buscamos, com a ajuda do presidente, equipamentos que são top no mundo todo. Hoje eu estou muito entrosado com o pessoal da NBA e o trabalho deles de prevenção é muito grande, minucioso, trabalhista. E isso requer muito trabalho, por isso me surpreendi. Pra você fazer um trabalho dele, precisa de uma equipe que queira esse tipo de trabalho. E isso está acontecendo no Vasco hoje: todo mundo trabalho o tempo inteiro e respira Vasco da Gama", explicou.
Confira outros pontos abordados no bate-papo.
NOVIDADES NOS TREINOS DO VASCO
Eliminamos os treinos de resistências. Lá, só temos treinos de curtas durações, que é o sistema anaeróbico, lático e alático. Treinos de 10 metros, 15 metros. O resto do treinamento o treinador impõe sua ideologia tática. Aí, é com bola.
PREPARAÇÃO EM LOCAIS COM CLIMAS DIFERENTES DO HABITUAL
Pra mim o Carioca é fundamental pra preparação pro Brasileiro. Eu vejo como uma pré-temporada. Treinamos nossos atletas para as adversidades. Em primeiro lugar, o treinador tem uma estratégia. Ele é o mandatário, ele que diz o que tem que ser feito. Se eu sei que vou viajar, preciso montar dois períodos pelo menos um dia da semana para preparar treinos de flexibilidade. Os jogadores viajam sentados num avião pequeno e encurtam a musculatura. Então, preciso treinar as fibras musculares para elas ganharem elasticidade. Montamos estratégias para cada passo que for necessário.
Fonte: Super Rádio Tupi