Finalistas do Estadual mesmo sem a estruturas adequadas para formação de seus jogadores, Vasco e Botafogo tem planos diferentes para os terrenos cedidos pela Prefeitura do Rio para construção de seus Centros de Treinamento. O Vasco aguarda a documentação do poder público liberando a ocupação e a construção, enquanto o Botafogo propõe refazer o trato, alegando que não tem os R$ 10 milhões necessários para fazer o aterramento da área alagada do terreno, em Vargem Grande.
— Não adianta entregar um pedaço de pântano a uma pessoa pobre. Querer que o Botafogo faça algo no terreno com R$ 10 milhões só parar aterrar é sonho. Ele não foi entregue a nós, não sei o que foi prometido — diz o presidente Carlos Eduardo Pereira, lembrando que o acordo foi feito em 2012, em outra administração.
Segundo o mandatário, se não houver renegociação, o terreno pode ser devolvido.
— Se houvesse disposição da Prefeitura para um entendimento e projeto conjunto, teríamos que partir do zero. O terreno está abandonado, sem acesso. Aí não adianta, pode pegar — desabafa.
O Botafogo ainda reclama da dificuldade em receber da Prefeitura o repasse do valor gasto com o estádio Nilton Santos, conforme havia sido sido acertado, e descarta requisitar recursos para obras iniciais do CT.
— Já encontramos dificuldade para receber o reembolso do Nilton Santos, então não é o caso de se pedir nada — afirma Carlos Eduardo.
Vice-presidente do Departamento de Patrimônio do Vasco, José Joaquim Cardoso Lima diz que o clube tem um projeto para o terreno, hoje coberto de mata e com acesso restrito por áreas privativas de uma empresa de reciclagem e uma faculdade.
— Pretendemos usar, mas quando recebermos a documentação da Prefeitura dizendo que pode ocupar e construir. Existe um projeto, teria que fazer a terraplanagem, sim. Não vamos descartar, a área é importante para o Vasco — explica Lima, sem precisar qual seria o custo para iniciar as obras no local.
O Vasco utiliza hoje o CT do Tigres para a base e a sede de São Januário para o profissional. Já o Botafogo quer recuperar o gramado do estádio Caio Martins e da sede de General Severiano para o uso dos jovens e do elenco principal, respectivamente. Os CTs próprios não têm data para sair do papel.
Fonte: Extra
