A Assembleia Geral da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) aprovou nesta quinta-feira as contas do exercício de 2014. Mas não houve unanimidade. Representantes dos departamentos financeiros de Flamengo e Fluminense estiveram na sede da entidade para análise dos documentos e os dois clubes, que estão em aberta oposição à diretoria liderada por Rubens Lopes, votaram contra a aprovação.
Pela manhã, Paulo Dutra e Dario Guagliard, diretores financeiros de Flamengo e Fluminense, respectivamente, estiveram na Ferj para analisar os documentos e voltaram aos clubes com uma série de questionamentos. Essas indagações foram levadas, mais tarde, à sessão da Assembleia Geral, na qual o Flamengo foi representado pelo vice do Fla-Gávea, Rafael Strauch, e o Fluminense pelo seu tesoureiro, Cláudio Barçante.
Os dois se sentaram lado a lado na reunião, que transcorreu em sua maior parte, de forma tranquila. O único momento mais quente foi quando os dois clubes que fazem oposição aberta à atual gestão questionaram pontos do balanço. O presidente do Vasco, Eurico Miranda, aliado de Lopes, refutou as perguntas, o representante tricolor afirmou que então votaria contra, e houve uma troca de palavras mais ásperas. Pouco depois o mandatário da Ferj abriu a votação.
O site oficial do Flamengo divulgou uma nota elencando os principais questionamentos ao documento. Entre eles, a cessão de empréstimos sem identificar para quais clubes: "Quanto a Ferj emprestou para cada clube? Quais são os prazos envolvidos nestes empréstimos? Qual a possibilidade do não-recebimento? É necessário constituir provisão? A Ferj está privilegiando algum clube em detrimento de outro? Por que emprestar para alguns e não para todos?", indaga um dos trechos da nota
No fim, o documento cobra transparência da entidade: "Como pode-se saber qual o destino dado às receitas cobradas por intermédio da taxa de 10%, se não há qualquer transparência nas demonstrações financeiras? As notas explicativas que, como o próprio nome sugere, deveriam elucidar os questionamentos, não passam de peça decorativa. Será que o real intuito não é justamente não informar onde estão sendo gastos os recursos oriundos dos clubes?".
Fonte: GloboEsporte.com