Faltoso, maldoso e até violento. Estes são alguns dos adjetivos que Guiñazu já ouviu de torcedores rivais. Tais características, porém, estão longe de ser uma verdade, principalmente em 2015. No primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, por exemplo, ele deixou o gramado do Maracanã sem cometer uma falta sequer.
O perfil "light" do argentino também ficou evidente em outros clássicos da temporada. Em seis jogos disputados contra Botafogo, Flamengo e Fluminense, apenas quatro infrações foram cometidas pelo volante. Além do duelo válido pela decisão do Estadual, o jogador saiu "zerado" no primeiro jogo da semifinal diante do Rubro-Negro e contra o próprio Alvinegro, ainda na Taça Guanabara.
Comparando com outros anos, é uma mudança significativa. Em 2014, não houve nenhum jogo - seja entre Série B, Carioca e Copa do Brasil - em que ele ficasse sem fazer faltas. Em algumas partidas o volante chegou a cometer oito.
Apesar de estar com seu "fair play" em dia, Guiñazu segue carregando a alcunha de "pit bull" dos vascaínos. O jogador tem uma música da torcida em que é chamado desta forma e, desde a partida contra o Flamengo ainda pela Taça Guanabara, viu nascer imitações de latidos de cachorro vindos da arquibancada sempre que realiza um desarme.
Nesta terça-feira, a batalha do argentino acontecerá fora dos gramados. Às 17h, no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), o atleta será julgado junto com o meia Bernardo e os rubro-negros Paulinho e Anderson Pico ainda por conta do tumulto que resultou na expulsão do quarteto no clássico do primeiro turno. Caso seja punido, ele poderá ficar fora do segundo e decisivo jogo contra o Botafogo neste domingo.
Se for absolvido, Guiñazu, que é capitão do Vasco, terá a chance de poder levantar seu primeiro troféu com a camisa cruzmaltina.
Fonte: UOL