Candidato a herói em caso de título do Vasco no próximo domingo, o atacante Rafael Silva já ganhou pelo menos o status de talismã ao entrar e dar a vitória sobre o Botafogo na primeira partida da decisão do Estadual. O feito foi conquistado um ano depois de sua contratação, que começa a valer à pena.
A diferença em relação a temporada passada foram a adaptação ao clube, o fim das lesões e um treinador que acreditasse no seu potencial. Com a chegada de Doriva e a preparação física diferenciada, com ganho de peso e massa muscular para aguentar os trancos e resistir às contusões, Rafael Silva, de 24 anos, acabou sendo decisivo.
— Ainda não caiu a ficha da importância desse gol. Espero que seja importante para o título. A sensação é que fui abençoado. Não abaixei minha cabeça, sempre trabalhando firme — comemorou, sem tirar os pés do chão, mas creditando o aproveitamento ao treinador e ao trabalho feito no clube desde janeiro.
— Esse ano a preparação foi mais forte, procuraram ver o que cada um precisava. Minha musculatura é mais frágil, tive atenção para evitar as lesões e ter a sequência de jogo maior. No começo tive que ganhar peso, uns dois quilos, depois foi só manter — explicou o atacante.
Titular contra o Flamengo na semifinal, Rafael Silva voltou para o banco de reservas, mas tem tudo para brigar pela vaga no segundo jogo contra o Botafogo. O novo xodó da torcida agradeceu ao treinador por acreditar no potencial dele até o fim.
— Ele sabe até onde posso chegar, sabe que eu posso render, tive altos e baixos e ele continuou confiando em mim — destacou o jogador.
Para Doriva, que trabalhou com Rafael no Ituano, ganhando o Campeonato Paulista, Rafael ganhou espaço pela aplicação tática.
— É um jogador aplicado, determinado, e está muito focado nesse momento. Nos ajudou com o gol e já havia entrado bem no jogo contra o Flamengo. O jogador que está fora tem que fazer a diferença quando entra— disse.
A alcunha de talismã caiu nas graças do atacante. Rafael Silva não se importa se ficar no banco de reservas outra vez. Desde que seja para entrar em campo na finalíssima e novamente ser decisivo.
— Gostei do apelido de talismã. Se tiver que começar no banco e entrar para fazer outro gol vai ser legal, o importante é gritar campeão — disse, ansioso, o atacante.
Fonte: Extra Online