A torcida do Vasco não esconde a ansiedade. Mais uma vez perto do título carioca, os cruz-maltinos querem o fim do jejum de 12 anos no Rio - a última conquista foi em 2003. E até mesmo no elenco são poucos os que já sentiram o gosto de levantar a taça do estadual. Apenas Marcinho e Rodrigo, ambos com o Flamengo em 2008. O zagueiro pouco jogou (quebrou o braço na quarta rodada). Mas o meia foi até o fim e dá a receita para repetir a dose.
- Esse título será muito importante para mim. Mais um clube de tradição que eu posso deixar meu nome marcado. Não penso somente em mim. Nossa equipe tem muitos jogadores que precisam desse título. Acho que sou um dos poucos que já ganhou o Campeonato Carioca. Muitos falam que o Vasco não tem um craque, e sim um elenco competitivo. Agora precisamos de mais. Confiança não falta. Não podemos deixar a emoção sobressair à razão. Temos que manter os pés no chão e acreditar que podemos ser campeões. Vamos enfrentar uma grande equipe, serão dois jogos muito difíceis. Confiança e pés no chão, essa é a receita - frisou.
Segundo Marcinho, a campanha vascaína sempre foi vista com desconfiança. Para o apoiador, a imprensa colocava o clube como a quarta força do Rio de Janeiro.
- Sabemos a dificuldade que foi para chegar até aqui. Vocês mesmo da imprensa nos colocavam como o quarto time do Carioca. No mínimo, já somos o segundo melhor time do campeonato. Mas sabemos que temos condições de brigar por mais. Vai ser importante para os jogadores que chegaram e para quem teve um ano difícil em 2014. Pode consolidar que o clube está no caminho certo - lembrou.
A torcida também esta confiante. Neste sábado, a fila era grande na bilheteria 5 de São Januário. Até sexta-feira, 24 mil ingressos foram vendidos. Dentro do estádio, mistério absoluto no quarto dia seguido de treinos fechados. Perguntado sobre o entrosamento com Gilberto e Dagoberto durante a entrevista, Marcinho manteve o discurso.
- Vocês já sabem a escalação? Nem eu sei se vou jogar... (risos). A torcida está ansiosa. Podemos não ter mostrado uma grande qualidade técnica no campeonato, mas nos doamos ao máximo. Brigamos muito, corremos. Isso o torcedor percebe.
Fonte: GloboEsporte.com