Dono de uma canhota habilidosa, Pedrinho foi um dos principais nomes do Vasco no fim da década de 90. Revelado em São Januário, ao lado do amigo Felipe, o jogador desfilou seu talento pelos gramados brasileiros e conquistou títulos importantes com a camisa cruz-maltina, como o Campeonato Carioca e a Copa Libertadores de 1998, o Rio São-Paulo de 1999, a Copa Mercosul de 2000, além dos Campeonatos Brasileiros de 1997 e 2000.
Hoje aposentado, o meia atuou como comentarista em uma emissora de televisão até ser desligado no início do mês. Em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, Pedrinho analisou o duelo entre Vasco e Botafogo na final do Carioca e revelou que não vê favorito para o clássico.
“Eu acho que os dois estão em uma situação muito parecida. As duas equipes tiveram muitas mudanças no seu elenco, os treinadores, o comando, a gestão, … São equipes que precisam muito do coletivo para vencer uma partida. Vejo um equilíbrio muito interessante entre os times”, analisou.
Na sua época de Vasco, sobravam meias habilidosos e a concorrência era grande. Hoje, o ex-atleta acredita que o Cruz-Maltino está carente de um bom jogador na posição, mas afirmou que outros times brasileiros sofrem do mesmo problema.
“O Vasco está carente de um meia de criação. Hoje, a válvula de escape, que funciona até como as melhores jogadas de ataque, é o Madson, apesar de ser lateral. Ele que faz o desafogo, consegue abastecer o Gilberto, tem uma chegada firme pelo lado direito. O Julio dos Santos é um meia que joga mais por trás, não é de criação. O Bernardo não se firmou, assim como o Marcinho. Não só o Vasco, mas outras equipes também estão carentes nessa posição”, opinou.
Ao ver equilíbrio no duelo na final, Pedrinho avaliou que as duas equipes dependem mais do coletivo para sair de campo com a vitória. O ex-meia apontou alguns nomes que podem surpreender no clássico.
“De forma individual, a gente espera, pelo lado do Vasco, que alguns jogadores possam se destacar. A gente sabe que o Dagoberto vem de lesão, tem que ter cuidado pelo seu histórico, mas é um jogador que pode fazer algo de diferente. Pelo lado do Botafogo, fica mais difícil. Poderia ser o Jobson, mas ele não jogou como titular. O Willian Arão é um jogador que me surpreendeu muito, que vem de trás e tem boa chegada na área”, avaliou.
O Vasco encara o Botafogo, nesta quarta, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pelo primeiro jogo da final do Carioca.
Fonte: Esporte Interativo