O dia seguinte ao polêmico clássico, que desagradou a gregos e troianos, o Vasco Patriotas, time de futebol americano, entrou em campo para destilar ironia e indignação com a arbitragem de João Batista Arruda. Em sua página oficial no Facebook, se ofereceu para enfrentar o arquirrival Flamengo no segundo jogo da semifinal do Carioca.
“Depois do jogo que vimos, o Vasco Patriotas está se candidatando a entrar em campo no próximo domingo. Se é para bater, chama o time especializado nisso”, sugeriu de forma bem-humorada post do presidente e capitão da defesa do Patriotas, Roldan Pinto de Almeida Júnior, de 27 anos. O lance que fez o Maracanã lembrar um ringue de UFC ocorreu aos 12 minutos de jogo, quando o volante Jonas levantou demais o pé e acertou o peito e o rosto do atacante Gilberto, que foi à lona, ensaguentado. O nocaute que poderia ter decidido o clássico valeu somente um simples cartão amarelo do árbitro João Batista de Arruda, até então um dos preferidos do presidente da Comissão de Arbitragem do Rio, Jorge Rabello, para apitar a final do Carioca.
“Fizemos essa brincadeira para acabar com o mito de que o futebol americano é violento. A entrada do Jonas é que foi. Parecia golpe de luta. No nosso esporte haveria ejeção (expulsão) e ele levaria gancho pesado. Nós nos preocupamos muito com a integridade dos atletas, por isso usamos diversas proteções e contamos com sete árbitros”, analisou Roldan.
Nesta segunda, curiosamente um ano depois de o Vasco perder a decisão do Carioca para o rival com um gol irregular — impedido, Marcio Araújo marcou aos 45 minutos do segundo tempo o gol do título —, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, usou uma nota oficial para se queixar. “Há muitos anos existe sempre um beneficiado em jogos decisivos. No grito, na coação, no embuste, na mentira... NÃO!!!!”, criticou.
O goleiro Martín Silva endossou o coro: “Na final de 2014, aconteceu aquilo. Neste ano já fomos prejudicados de novo em outro jogo decisivo. A coisa não está fácil (...) Depois, revi os lances na TV e foi pior do que pensava.”
Apesar da polêmica, a súmula do árbitro não citou a troca de agressões, as reclamações após o clássico e nem a confusão na descida para o vestiário envolvendo dirigentes rubro-negros: “Nada de anormal”, escreveu o árbitro João Batista de Arruda.
Fonte: O Dia