A missão de substituir o goleiro Martín Silva, que foi servir a seleção uruguaia, coube a Jordi, 21 anos. No início da partida contra o Botafogo, o primeiro clássico da carreira profissional, mostrou que ele estava sentindo a estreia.
O primeiro lance foi um lançamento de bola na fogueira para Anderson Salles sair quando Bill estava por perto. Depois, uma saída errada após cobrança de escanteio quase resultou no primeiro gol da partida, mas a bola cabeceada por Diego Giaretta acertou o travessão.
No segundo tempo, Jordi se atrapalhou com Bill no lance do gol de Renan Fonseca, aos 6minutos. O jogador admite que viveu um dia diferente e que bateu um frio na barriga em ser o titular do Vasco em um jogo tão importante.
“Estava viajando no início do jogo, como a gente fala no meio da bola, mas depois ficou tudo bem. Agradeço a todos pela confiança e agora é olhar para frente em busca de outras oportunidades”, destacou o goleiro do Vasco, que volta para o banco de reservas.
“Jordi teve alguns momentos que errou a batida na bola, mas é um jovem talentoso e é difícil entrar em um jogo como este. A falha foi da defesa e não do goleiro”, isentou Doriva.
Diante do Friburguense na próxima rodada, Martin Silva volta ao gol do Vasco.
Vasco sofre do próprios veneno
A bola parada tem sido um diferencial do time vascaíno nesta temporada. Os zagueiros Luan, Rodrigo e Anderson Salles marcaram muitos gols de cabeça ou em cobrança direta. Até o clássico com o Botafogo, a defesa do Vasco era a menos vazada da competição, ao lado do Madureira, com 6 gols.
“Temos uma bola parada muito boa, tanto defensiva quanto ofensiva. Ela é um detalhe e você tem que evitar, ainda mais em um clássico. O gol acontece por uma desatenção ou falha e neste quesito nós falhamos”, admitiu o técnico Doriva.
Com o empate, o G-4 do Campeonato Estadual embolou, com três times com 30 pontos ganhos (Botafogo, Madureira e Vasco). Restam duas rodadas para o fim da primeira fase da competição e o treinador vascaíno ainda acredita que a equipe pode ultrapassar os concorrentes.
“Ainda restam dois jogos e vamos torcer por um tropeço dos nossos rivais porque dá tempo para ser líder”, apostou Doriva, que considerou o empate diante do Botafogo um resultado justo.
“Quando a equipe está perdendo, ela se lança ao ataque e tivemos a infelicidade de levar um gol de bola parada, mas foi um jogo bem parelho”, avaliou o técnico do Vasco.
Jovens em alta
No clássico, o técnico Doriva deu mais chances aos jogadores formados nas divisões de base do Vasco. Yago e Jhon Cley começaram como titulares, enquanto Thalles e Lorran entraram no segundo tempo diante do Botafogo, no Maracanã.
“A minha ideia era ter um volume de jogo pelo lado do campo porque o Lorran tem força para recompor e não perderíamos a presença de área porque já tinha colocado o Thalles. Jhon Cley é um jogador forte e teve dificuldades para vencer o Giaretta, que foi o seu marcador. Yago entrou na vaga do Bernardo, foi bem, mas cansou. Ele é destro e usa bem o meio, não o corredor”, destacou Doriva, que aprovou o lado direito da equipe.
“Madson é um jogador importante para nós, tem um volume grande de ultrapassagem, vem sendo municiado pelo Julio dos Santos e vai nos ajudar bastante”, elogiou o treinador do Vasco.
Fonte: Terra