Vasco de 2015 tem costume de criar principais jogadas de ataque no início das partidas

Domingo, 29/03/2015 - 10:04
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Em ritmo forte, o Vasco costuma criar suas principais jogadas no ataque no início de cada partida. Até a paralisação para o tempo técnico, a orientação da comissão técnica leva os 10 jogadores de linha a marcarem bem adiantados para sufocar os adversários - numa autêntica blitz, como fazia Felipão com a seleção na Copa das Confederações, com sucesso, e na Copa do Mundo, sem o mesmo resultado. O objetivo, claro, é tentar marcar nos primeiros minutos e sair na frente no placar. Mas até agora a manobra tem sido pouco eficaz. Dos 22 gols na competição, apenas quatro saíram nos primeiros 20 minutos de jogo.

Fora o jogo contra o Nova Iguaçu, quando o time marcou duas vezes nos primeiros 20 minutos e abriu as portas para uma goleada (5 a 1), o Vasco só conseguiu marcar nesse período em outras duas partidas - Bernardo marcou aos dois minutos de jogo contra o Madureira, e Gilberto fez o gol vascaíno aos 19 minutos do primeiro tempo na vitória magra sobre o Resende.

E não é por falta de treino que os gols não saem. Doriva ensaia quase que diariamente - e sempre na véspera dos jogos, sem fazer rachão - uma postura bem ofensiva do time. Ele avança os laterais Madson e Christiano e até os zagueiros se posicionam quase na linha de meio de campo, bem próximo dos volantes. Mas apesar da pressão fazer efeito, pois o Vasco consegue ficar mais com a bola e joga no campo de ataque - principalmente, contra os pequenos -, o time acaba sendo pouco efetivo e erra muito na hora da conclusão.

Um exemplo dessa postura que terminou sendo inútil em termos práticos foi no jogo contra o Boavista, em Bacaxá. Até a paralisação dos 20 minutos, o volante Lucas chutou da entrada da área por cima do gol e cabeceou duas vezes para fora em bolas paradas. Anderson Salles, em outra bola parada, perdeu gol sozinho dentro da área em outro lance. E uma das poucas chegadas na linha de fundo de Nei, que não sobe tanto quanto Madson, foi no início do jogo.

- Tivemos 20 minutos como planejamos, de pressão, mas não conseguimos o gol. Depois eles dificultaram a partida, o calor também pesou e o jogo ficou mais lento, sem conseguirmos o ritmo inicial nos primeiros 45 minutos - analisou Doriva, na partida da última quinta-feira.

Contra o Bangu, o primeiro gol saiu em bola parada aos 27 minutos do primeiro tempo. Mas antes disso o time criou algumas jogadas e perdeu chances incríveis com o atacante Gilberto. A estratégia deu certo finalmente contra o Nova Iguaçu. Naquele jogo que talvez tenha sido o melhor do Vasco no Carioca, foram várias chances criadas até o tempo técnico. Gilberto fez em jogada rápida num raro contra-ataque e Luan marcou, na sobra do escanteio.

Seis gols nos últimos 15 minutos

Contra o Botafogo, a disposição tática ofensiva deve continuar para os primeiros minutos. Doriva mostrou contra o Flamengo que a paralisação da partida por causa da chuva serviu para arrumar o time e por em prática suas jogadas ensaiadas de bola parada. O Vasco conseguiu marcar em cabeçada de Gilberto, depois de desvio de Julio dos Santos, minutos após o clássico do Maracanã recomeçar.

A maior incidência de gols do Vasco é mesmo nos últimos 15 minutos de jogo. Seis vezes o Vasco marcou quando a partida se aproximava do fim. Todas vezes de bola parada - três de pênalti. Na estreia contra a Cabofriense, Marcinho fez após cobrança de escanteio aos 44 minutos do segundo tempo. Contra o Macaé, Rodrigo fechou o placar batendo falta com categoria, aos 40 da etapa final. No empate com o Barra Mansa em São Januário, Rafael Silva salvou o time ao desviar cobrança de falta, aos 35 minutos. Neste jogo, a arbitragem errou ao anular um gol de Marcinho no fim da partida.

Os outros três gols de bola parada foram marcados em pênaltis a favor do Vasco. Luan marcou aos 35 minutos contra o Fluminense; Gilberto fez contra o Bonsucesso, aos 47; e Anderson Salles, diante do Boavista, garantiu a vitória aos 46.



Fonte: GloboEsporte.com