Doriva assumiu o papel de bombeiro diante da fogueira que esquenta o clássico contra o Flamengo. Enquanto jogadores e diretoria ressaltam a importância de uma vitória domingo, o treinador tenta fazer o contraponto de serenidade às vésperas. O aspecto emocional do time no Maracanã é uma das preocupações do técnico, e será o primeiro teste para o trabalho da psicóloga Maíra Ruas.
Na última entrevista coletiva antes do clássico, Doriva repetiu a palavra “equilíbrio” tantas vezes quanto foi possível. A mensagem foi clara: ansiedade demais para vencer o arquirrival pode ter efeito contrário.
- Equilíbrio é a palavra que sintetiza o que precisamos ter no jogo. O extremo é muito perigoso. Não podemos ficar tão sossegados nem tão alterados. Estamos conversando com os atletas. É um jogo importantíssimo, mas que vale três pontos, somente três pontos - disse.
É aí que entra o trabalho da psicologia do clube. Maíra Ruas tem atuado com os jogadores em conjunto e também individualmente para que a comissão técnica tenha um perfil emocional mais detalhado do grupo. A pressão que chega por uma vitória precisa ser filtrada.
- Sem dúvida, o lado psicológico pode fazer a diferença em um clássico. Estamos fazendo esse trabalho contínuo, que vai acrescentar também nessa partida. Às vezes, pelo teor do jogo, os nervos ficam um pouco mais alterados - reconheceu.
O exemplo, Doriva sabe, tem de partir de cima. Aos 42 anos, e na segunda temporada como treinador, ele já estrela um dos maiores clássicos do Brasil de peito aberto:
- Estou tranquilo. Se eu ficar muito ansioso, transparece para o atleta.
Assim como esconde o que sente para não contaminar o time, Doriva mantém a escalação sob mistério. A tendência, porém, é que o Vasco entre em campo com Martin Silva, Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Serginho, Guiñazu, Julio dos Santos e Jhon Cley; Dagoberto e Gilberto.
Fonte: Extra Online