Em nota, FFERJ também critica declarações de presidente do Fluminense

Sábado, 21/03/2015 - 04:30
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NOTA OFICIAL SOBRE DECLARAÇÕES PETER SIEMSEN

"Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos" (Pv 6.16-19).

O Presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, em seu nome, em nome da Federação e em nome de todos os filiados que tem sido atingidos pelas aleivosias do Presidente do Fluminense, vem a público manifestar seu repudio à suas declarações eivadas de catatimia, demonstrativas de elevado apreço à mitomania, revestidas de relevante turpitude, indutoras ao uso de anti-eméticos, carregadas de sementes de discórdia, ofensivas a todos os coirmãos e fomentadoras da desagregação.

A falta de conteúdo pode justificar a falta de coragem e a permanente ausência, mas não podemos acreditar que sejam causadoras de manifestas crises de alucinação moral.

Por fim não mais convidaremos o Presidente do Fluminense para um debate sobre o futebol do Estado do Rio de Janeiro, mas o desafiamos para que abandone as sombras e os porões, deixe de lado os espetáculos de pirotecnia, saia do escudo da mídia e compareça perante os demais filiados para que apresente e defenda seu ponto de vista, projetos, prove e justifique suas críticas, já que NUNCA teve a coragem de fazê-lo, durante todo o tempo de seu mandato.

Rio de Janeiro, 20 de março de 2015

Rubens Lopes da Costa Filho

Presidente

Fonte: FFERJ


Rubinho: Siemsen sofre de "catatimia" e usa "turpitude". Saiba o que significa

A guerra de notas oficiais entre Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e Fluminense segue a todo vapor. Nesta sexta-feira, o presidente da entidade, Rubens Lopes, voltou a atacar Peter Siemsen. Em documento que cita até passagem da bíblia, falou em "falta de conteúdo e de coragem" por parte do mandatário tricolor e avisou que não irá mais convocar o clube para futuros encontros entre os afiliados. Porém, deixou no ar o que chamou de "desafio":

- (...) Saia do escudo da mídia e compareça perante os demais filiados para que apresente e defenda seu ponto de vista, projetos, prove e justifique suas críticas, já que NUNCA teve a coragem de fazê-lo, durante todo o tempo de seu mandato - diz um trecho da nota.

O capítulo mais recente da polêmica que se arrasta desde janeiro começou na terça-feira, dia em que o Conselho Arbitral da Ferj decidiu que o custo operacional dos jogos do Maracanã seria calculado nos mesmos moldes do contrato da concessionária com o Flamengo. Ou seja, com divisão de lucro e despesas, diferentemente do acertado com o Fluminense, no qual o clube não tem gasto algum e pode lucrar apenas com os setores Norte e Sul.

No dia seguinte, as direções do Tricolor e do Rubro-Negro, que não haviam mandado representantes à reunião do dia anterior, juntamente com o Consórcio Maracanã, divulgaram uma nota conjunta repudiando a decisão.

A briga continuou, e a Ferj cobrou o Flu um valor de R$ 400 mil, referente à taxa de 10% que a federação tem direito em cada jogo do estadual. O clube rebateu e contestou a dívida. O presidente Peter Siemsen, ao "Jornal Extra", fez ainda críticas a Eurico Miranda e Carlos Eduardo Pereira, mandatários, respectivamente de Vasco e Botafogo, que se defenderam e rebateram as acusações.

Confira a nota da Ferj na íntegra:

"Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos" (Pv 6.16-19).

O Presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, em seu nome, em nome da Federação e em nome de todos os filiados que tem sido atingidos pelas aleivosias do Presidente do Fluminense, vem a público manifestar seu repudio à suas declarações eivadas de catatimia, demonstrativas de elevado apreço à mitomania, revestidas de relevante turpitude, indutoras ao uso de anti-eméticos, carregadas de sementes de discórdia, ofensivas a todos os coirmãos e fomentadoras da desagregação.

A falta de conteúdo pode justificar a falta de coragem e a permanente ausência, mas não podemos acreditar que sejam causadoras de manifestas crises de alucinação moral.

Por fim não mais convidaremos o Presidente do Fluminense para um debate sobre o futebol do Estado do Rio de Janeiro, mas o desafiamos para que abandone as sombras e os porões, deixe de lado os espetáculos de pirotecnia, saia do escudo da mídia e compareça perante os demais filiados para que apresente e defenda seu ponto de vista, projetos, prove e justifique suas críticas, já que NUNCA teve a coragem de fazê-lo, durante todo o tempo de seu mandato.


Entenda as palavras da nota, segundo o dicionário:

Aleivosia: traição e deslealdade; ação que se define pelas falsas demonstrações de amizade ou de ajuda; perfídia. Acusação sem fundamento; calúnia ou injúria. Qualidade da pessoa que engana e trai.

Eivada: que foi contaminado; que está infectado; maculado.

Catatimia: perturbação psíquica, ou mental, capaz de turvar o raciocínio do doente de modo a impossibilitá-lo de fazer bons julgamentos

Mitomania: tendência patológica, fora do comum, para mentir; compulsão para mentir ou fantasiar. Aptidão para narrar ou contar eventos imaginários ou que nunca aconteceram realmente.

Turpitude: característica, estado, comportamento de torpe; que demonstra baixeza. Ação ou procedimento de ignóbil, vergonhoso, sórdido. Que demonstra indecências ou obscenidades. Qualidade do que é nojento ou repugnante.

Antiemético: medicina eficaz contra o vômito.

Fonte: GloboEsporte.com